Dólar sobe 0,6% e vai a R$ 4,35, quarto recorde consecutivo
Real é a moeda que mais se desvaloriza em 2020
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira, 12, e bateu o quarto recorde consecutivo em relação ao real. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 4,3505, em alta de 0,55%. Na máxima da sessão, chegou a R$ 4,3535, também máxima nominal durante as negociações. No mês, a moeda acumula alta de 1,53% e, no ano, tem valorização de 8,5%.
O recorde do dólar, porém, é nominal. Em termos reais (corrigidos pela inflação), a moeda americana ainda está longe de sua máxima de 2002. Se for considerado apenas o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, o pico de R$ 4 naquele ano, equivale a cerca de R$ 10,80 hoje. Caso também seja levada em conta a inflação americana, o valor corrigido seria cerca de R$ 7,50.
A alta desta sessão foi impulsionada pela aposta de investidores em novos cortes na Selic. Com dados fracos da economia, há mais espaço para que o Banco Central reduza a taxa básica de juros abaixo dos atuais 4,25% ao ano, mínima histórica.
Nesta quarta, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o varejo interrompeu sete meses seguidos positivos e registrou queda de 0,1% em dezembro em relação a novembro. No ano, o comércio cresceu 1,8%.
Com a possibilidade de juros mais baixos, a Bolsa brasileira operava em alta de 1,4% por volta das 17h05, a 117 mil pontos, maior patamar desde 24 de janeiro.
O Ibovespa também é impulsionado pelo exterior favorável. Dow Jones e Nasdaq sobem 0,8% e S&P, 0,5%, a níveis recordes.
Segundo analistas, investidores se mostram menos preocupados com o coronavírus, enquanto a contaminação e mortalidade da doença desaceleram. (Com informações da Folhapress)