Ibovespa recuou 1,26%

Dólar fecha a R$ 4,13, com o imbróglio entre EUA e China e o cenário interno

O Ibovespa recuou 1,26%, a 96.429 pontos, menor patamar desde 5 de junho

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Foto: Carlos Severo/Fotos Públicas

O dólar fechou em alta de 0,29% nesta segunda-feira, 26, cotado a R$ 4,1369. Na máxima, a cotação chegou a R$ 4,1629, renovando patamares que não eram atingidos desde setembro do ano passado.

Na sexta-feira, o dólar encerrou a sessão em alta de 1,13%, vendida a R$ 4,1250. No mês, a moeda acumula alta de 8,34% e, neste ano, de 6,78%.

A Bolsa brasileira teve um dos piores desempenhos dentre os principais mercados globais nesta segunda. O Ibovespa recuou 1,26%, a 96.429 pontos, menor patamar desde 5 de junho, antes da aprovação da reforma da Previdência na Câmara.

O índice operou destoado do mercado americano e europeu, que iniciaram uma recuperação após o tombo de sexta.

O mercado brasileiro chegou a abrir com o viés positivo, com queda do dólar e alta da Bolsa, acompanhando o exterior.

Nesta segunda, antes da abertura do mercado europeu, o presidente americano Donald Trump sinalizou novas reuniões com a China para um acordo comercial. O vice-premiê chinês, Liu He, que tem liderado as negociações com Washington, também afirmou que a China está disposta a resolver a disputa comercial através de negociações calmas e se opõe à intensificação do conflito.

O tom ameno e conciliatório levou as Bolsas europeias e americanas a fecharem em alta.

No Brasil, por volta das 11 horas da manhã, o viés mudou com a divulgação da pesquisa do instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Segundo ela, a desaprovação do desempenho pessoal do presidente Bolsonaro saltou para 53,7% em agosto, ante 28,2% em fevereiro.

O governo Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo por 39,5% dos brasileiros. Em fevereiro, esse índice era de 19%.

O levantamento indica ainda que 29,4% consideram o governo ótimo ou bom e 29,1%, regular. Não souberam ou não responderam 2% dos entrevistados. Em fevereiro, esses índices eram de 39%, 29% e 13%, respectivamente.

Os dados do CNT/MDA também apontam que a aprovação pessoal do desempenho do presidente caiu para 41%, ante 57,5% em fevereiro.

Além da queda de popularidade, o presidente afirmou a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada que uma acusação contra alguém que está ao seu lado estaria para estourar, sem dar maiores esclarecimentos. Segundo analistas, a fala contribuiu para a apreensão de investidores.

Os dois acontecimentos se juntaram à crise diplomática que o país vive com países europeus em torno dos incêndios da Amazônia e fizeram o real ter o pior desempenho entre os emergentes nesta segunda. (Com informações da Folhapress)

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