Pier

Banco Central vai usar blockchain para facilitar a troca de dados do sistema financeiro

O 'Pier' foi desenvolvido pela Microsoft Azure com base na tecnologia do Ethereum

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Em nota, o Banco Central (BC) explicou que a mudança aprimorará a concorrência no setor financeiro Foto: Reprodução

O Banco Central (BC) anunciou que desenvolveu um projeto de blockchain para comunicação com outros órgãos do governo. O projeto teve início em agosto de 2017 e começou a ser implementado em abril deste ano. Trata-se do Pier (Plataforma de Integração de Informações das Entidades Reguladoras), desenvolvido pela Microsoft Azure — setor de dados em nuvem da Microsoft.

esse é um sistema para que o Banco Central possa trocar informações com outros órgãos. Entre eles estão a Superintendência de Seguros Privados (Susep), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

O Banco Central explica que essas e outras instituições precisam se comunicar com frequência para aprovar documentos e efetuar outras requisições. Esses processos normalmente são executados por vias convencionais, como email, telefone e ofícios em papel. Como é necessário validar informações ou obter autorizações, as ações podem levar dias ou até semanas para serem concluídas.

Com o Pier, o Banco Central espera diminuir essa burocracia. O blockchain foi escolhido por, entre outros motivos, registrar os dados de cada solicitação com assinaturas criptográficas, assegurando que não haja manipulação externa. O órgão também explica que, como os dados não podem ser apagados, a troca de informações passa a estar menos sujeita a falhas de controle.

A base do Pier é o Quorum, espécie de versão corporativa do Ethereum criada pelo J.P. Morgan. O sistema roda sob a plataforma Azure que, de acordo com a Microsoft, também dá suporte a outras soluções de blockchain.

Marcelo Yared, diretor de tecnologia do Banco Central, destaca que a sociedade pode se beneficiar de um governo que use blockchain para compartilhamento e autenticidade de dados. “Queremos oferecer à administração pública um instrumento que pode trazer mais agilidade ao Estado. A ferramenta tem um potencial muito mais amplo, podendo trazer melhorias significativas de eficiência pública”.

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