Um quarentão de respeito, Volkswagen Gol faz 40 anos de muita história

Há 40 anos, em 8 de maio de 1980, a Volkswagen iniciou a produção de um novo veículo, o Gol. Na época, a marca nem sonhava no que o modelo representaria hoje em dia. Primeiro, ele foi desenvolvido para substituir o eterno Fusca, mas acabou foi aposentando a Brasília. 

O modelo tinha um caráter especial, foi projetado, desenvolvido e pensado para o mercado brasileiro. Segundo a marca, ele foi elaborado levando em conta as condições de uso no país, juntamente com as necessidades e aspirações dos consumidores nacionais, enfatizando a resistência, economia e durabilidade. 

Produção da primeira geração do Gol na fábrica de Taubaté.

Como outros modelos da marca há época, a primeira versão tinha motor refrigerado a ar e câmbio com quatro marchas. Com carroceria tipo hatch e perfil aerodinâmico, ele era oferecido nas versões S e L, ambas com duas portas porque carros com quatro portas não tinham aceitação no mercado brasileiro na época.

Já em 1981 veio a primeira mudança. O Gol ganhou um motor mais potente, de 1,6 litro, também refrigerado a ar, o que ajudou a fábrica de Taubaté — onde ele é produzido até os dias de hoje — a atingir em 1982 a marca de 100 mil unidades de produção do modelo. 

Fábrica de Taubaté comemora um milhão de veículos produzidos.

Logo em seguida foram lançadas a primeira versão com motor de quatro cilindros em linha, com refrigeração líquida e câmbio de cinco marchas, e a com motor 1,6 litro. Em 1984, chegou ao mercado o primeiro Gol GT, com caixa de força de 1,8 litro. Dois anos depois ele ganha o irmão sedã, o Voyage. 

Em 1989, com o famoso GTI, ele foi o primeiro carro brasileiro a ter injeção eletrônica. Além disso, o sistema analógico foi totalmente desenvolvido no Brasil. No ano seguinte, a planta de Taubaté chegou a marca de um milhão de veículos produzidos. Além do Gol, saia da linha de produção o Fusca, a Kombi e, por um período, o Passat. 

Gol GTI, o primeiro veículo brasileiro com injeção eletrônica.

Com 13 anos de mercado, a Volks resolveu renovar o Gol, para isso, a planta recebeu investimentos de US$ 200 milhões para modernização e treinamento para a produção da segunda geração do hatch, o famoso Gol bola.

Em 2003, outra grande inovação do modelo, a marca lançou o primeiro primeiro com motor flex do Brasil. Ali nasceu o que hoje é praticamente uma regra do mercado. Com 28 anos, ele recebe uma nova grande atualização e chega a terceira geração, há época chamada de Gol G5 (alguns facelifts mais profundos chegaram a ser chamados de geração, como os G3, G4 e G6). 

Primeiro carro nacional a utilizar tecnologia flex.

Com a nova geração, o Voyage volta a ser produzido, o Gol não teve versão sedã durante a segunda geração. Em 2015, o reinado do queridinho dos brasileiros finalmente chegou ao fim. Após 27 anos consecutivos, o hatch perdeu o trono de veículo mais vendido do Brasil, para o Fiat Palio, que ficaria apenas um ano na liderança, que desde 2016 é do Chevrolet Onix. 

Em 2017 o Gol bateu a impressionante marca de oito milhões de unidades produzidas apenas na planta de Taubaté. Atualmente ele detém o recorde de veículo mais produzido no Brasil, com 8.342.260 unidades, mais vendido por aqui com 6.952.153 unidades e mais exportado, com 1.515.305, os números são sobre o fechamento de abril de 2020.

Produção do novo Gol com câmbio automático, na planta de Taubaté.

Em 2018 veio a grande última novidade, após apostas incertas no câmbio automatizado, o modelo finalmente recebeu a transmissão automática. E, neste ano, ele chega a incrível marca de 40 anos ininterruptos e é, de longe, o mais longevo veículo produzido no Brasil. Pelo menos atualmente, o recorde total ainda é da Kombi, que foi produzida por longos 56 anos, de 1957 a 2013, fora o período de importação.