Eletrificado

Seja “cool”, pague R$ 200 mil em um Volkswagen Golf e polua menos o meio ambiente

A marca acaba de lançar a versão híbrida do hatch médio, a GTE, em três cidades brasileiras

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Volkswagen Golf GTE. Fotos: Volkswagen.

Há um ano, a Volkswagen confirmava a chegada do Golf híbrido, o GTE, no Brasil. O modelo, que era uma das principais atrações da marca durante o Salão do Automóvel de São Paulo, acaba de ser apresentado para o mercado brasileiro em três cidades (Brasília, Curitiba e São Paulo) por impressionantes R$ 199.990.

O GTE é a versão mais cara da história do hatch médio no Brasil, inclusive é mais cara que a configuração esportiva, a GTI (que atualmente sai por R$ 151.530) e muito mais que outros híbridos do mercado nacional, como os Toyotas Corolla (R$ 124.990) e Prius (R$ 128.530) e Ford Fusion (R$ 182.990).

O modelo já chega defasado, a nova geração foi recém apresentada na Europa.

O alemão consegue ser mais caro até que modelos premium, como os Lexus CT 200h (R$ 143.990) — único concorrente direto do GTE — e do UX 250h (R$ 173.490), um SUV compacto. E custa pouco menos que o NX 300h (R$ 223.390), um utilitário médio de luxo. A única diferença é que o Golf é plug-in, pode ser carregado na tomada. 

Mas se o foco é realmente poluir menos, temos opções 100% elétricas no mercado e praticamente todas são mais baratas que o alemão. O Nissan Leaf (também um hatch médio), é um pouco mais barato que o Golf, saindo por R$ 195 mil. 

Telas da central multimídia e do painel de instrumentos chamam a atenção.

Outros hatchs são o Renault Zoe, que parte de R$ 149.990, e o Chevrolet Bolt, chega no ano que vem por R$ 175 mil. Já o Caoa Chery Arrizo 5e, um sedã médio, sai por R$ 159.900. Apenas o BMW i3, que é de uma categoria acima, custa um pouco mais — mas nem tanto — partindo de R$ 237.950. Resumindo, a Volkswagen errou muito no preço do GTE.

Além do preço exorbitante, o GTE “nasce” velho no Brasil. A versão que chega aqui, foi apresentada em 2017 na Europa. Inclusive, no velho continente, a marca já apresentou a oitava geração do hatch, que pelo jeito, nem deve vir para cá e, se vier, vai demorar muito. 

Na tomada

Além do hatch, a marca lançou uma bike e um patinete elétricos.

A grande diferença do GTE para os outro híbridos do mercado brasileiro (na faixa abaixo de preço), é que ele é plug-in, ou seja, o motor elétrico pode ser carregado na tomada também. O conjunto mecânico do alemão é até interessante, principalmente na soma das potências. 

São dois motores, um 1.4 turbo a gasolina (o mesmo que equipa diversos modelos da marca) de 150 cavalos e outro elétrico de 102 cavalos. No entanto, o potência total não é somada, mas sim combinada, com 204 cavalos totais. O torque máximo é de 35,7kgfm.

Motorização híbrida gera 204 cavalos.

Dessa forma, o GTE vai de 0 a 100km/h em 7,6 segundos, com máxima de 222km/h, regulada eletronicamente. Segundo a marca, a autonomia total é de 900 quilômetros. Além disso, ele conta com quatro modos de condução: Elétrico, Híbrido, Recarga e GTE. 

A primeira, obviamente, faz o veículo rodar apenas com o motor elétrico. Nessa situação, a velocidade máxima é de 130km/h. No Híbrido, o veículo escolhe qual sistema é mais eficiente para cada situação. No Recarga, o hatch utiliza apenas o motor a combustão para rodar e ainda gera carga para o elétrico. Já no GTE, toda a potência está disponível. 

Externamente, o modelo é idêntico aos demais.

Entre os destaques do Golf GTE, piloto automático adaptativo, painel de instrumentos digital (e que conta visualização de autonomia, mostrador de fluxo de energia e medidor de energia) e central multimídia com tela de 9,2 polegadas e controle por gestos. 

Pontos de recarga

Além disso, a marca irá instalar 30 pontos de recarga pelo país.

A Volks, em conjunto com a Audi e Porsche (marcas do grupo Volkswagen), firmou em outubro uma parceria estratégica com a empresa de energia EDP, para a instalação de 30 novas estações de recarga, com dois pontos cada, de veículos elétricos no País. 

Serão 29 postos de 150kW e um de 350kW, de alta capacidade, e cada um dos 30 pontos terá uma tomada de 22kW. Assim, cada ponto de recarga terá uma estação ultrarrápida e uma semirrápida. Elas serão instaladas nas rodovias Tamoios, Imigrantes, Carvalho Pinto, Governador Mário Covas, Dom Pedro, Washington Luís e Régis Bittencourt.

Esta rede será interligada a outras já existentes no país, conectando um total de 64 pontos de carregamento, formando um corredor de 2.500 quilômetros de extensão, ligando os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo e Santa Catarina.  

Micromobilidade

O patinete tem 30km de autonomia.

Além do Golf GTE, a Volkswagen apresentou soluções de mobilidade eletrificadas com o um patinete e uma bicicleta, ambos elétricos. A bike tem estilo mountain bike, conta com motor de 350W, atinge velocidade máxima de 25km/h e tem autonomia de 30 quilômetros.

O patinete utiliza o mesmo propulsor de 350W, mas a autonomia é de 20 quilômetros, com velocidade máxima de 25km/h. Ele tem freio à disco na roda traseira e capacidade de peso de 100kg. A marca não divulgou os preços dos dois equipamentos.

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