Renault apresenta o novo Duster com visual completamente renovado
Apenas com motor 1.6, modelo ganha estilo mais moderno, principalmente na cabine
Foz do Iguaçu (PR) — Em 2011, o mercado nacional de SUV era praticamente inexpressivo. Entre os compactos, tinha apenas dois representantes, o Ford EcoSport e o recém “nascido” Renault Duster. Com o crescimento exponencial do mercado, o francês passou por um pequeno facelift em 2015 e, agora, acaba de ganhar uma atualização profunda focada principalmente no visual.
Quando o Duster surgiu em 2011, logo caiu nas graças do público e tomou o lugar do rival entre o mais vendidos entre os utilitários compactos. Durante um bom tempo, ele e o americano eram os únicos representantes da categoria, isso mudou em 2015, com a chegada de diversos concorrentes e também quando o francês recebeu o facelift.
Vendo o segmento crescer, pulando de 2,6% em 2011 para 16% em 2019 — apenas entre os SUVs compactos — (o total da categoria já representa mais de 25%) e com mais de 10 representantes, o Duster caiu várias posições entre os mais vendidos. Para tentar contornar isso, a marca resolveu atualizar o modelo e manter os preços das versões antigas.
O Duster 2020 chega em quatro versões, sendo uma delas, a Live, voltada para o público PcD, a marca ainda não divulgou o preço deste modelo. Para a comercialização geral, a opção de entrada é a Zen, partindo de R$ 71.790 com câmbio manual e R$ 77.790 com CVT, ambas contam com pacote opcional Techno por R$ 3 mil.
A intermediária é a Intense, apenas com câmbio automático CVT, ela parte de R$ 83.490. Entre os opcionais, bancos em couro por R$ 1.700 e Pak Outsider por R$ 2.300. A topo de linha, a Iconic, sai por R$ 87.490, ele conta com os mesmos opcionais da Intense. Com isso, a opção mais cara do Duster chega a R$ 91.490.
Agora, todas as versões contam apenas com motor 1.6 de 120 cavalos, a Renault descontinuou as opções com o 2.0. Com isso, a configuração 4×4 também não existe mais. Segundo a própria marca, a opção off-road representava de 3 a 4% da gama e, por não ser muito significativo, resolveram não manter, ao menos por enquanto.
Além do motor, o conjunto mecânico conta com opção de câmbio manual de cinco velocidades, na versão de entrada, e automático CVT nas demais. Ele ainda vem com freios a disco na dianteira e tambor na traseira e, uma boa novidade, a direção passa a ser totalmente elétrica, até então era eletro-hidráulica.
Totalmente novo
Por não ser uma nova geração, as mudanças foram basicamente visuais e incrementos de tecnologias — a plataforma se mantém a mesma, assim como o conjunto mecânico, com exceção da direção. E, ao contrário do facelift de 2015, o estilo mudou bastante.
Na dianteira, tudo foi modificado, do para-choque ao capô. A grade, assim como os símbolo da marca, está maior. O farol foi redesenhado e ganha uma elegante luz de circulação diurna em LED. As caixas de rodas e o capô estão mais volumosos, assim como toda a lateral.
A traseira também foi bem modificada, com novas lanternas traseiras — que lembram muito o desenho utilizado pela Jeep no Renegade — e tampa do porta-malas redesenhada. As rodas também contam com novos desenhos. Com pacote Outsider, ele ganha elementos de estilo fora de estrada e fica com visual ainda mais robusto.
O visual da carroceria foi bem modificado, mas não se compara com as alterações do interior. A cabine é completamente nova, com um estilo bem mais moderno. O grande destaque, mais uma vez, é a central multimídia. Quando a Renault apresentou o sistema, ele foi revolucionário, mas com o passar do tempo, ficou defasado.
Agora, o Duster é o primeiro modelo da marca no Brasil a contar com a nova tela. O display, de oito polegadas, está melhor localizado, o que garante uma visualização melhor, principalmente para o motorista.
Além disso, painel, bancos, console, volante, saídas de ar e painel de instrumentos foram redesenhados. O espaço interno continua generoso, com capacidade de levar cinco adultos sem muito aperto. Assim como o porta-malas, um dos maiores da categoria, com 475 litros.
As configurações
Agora, as versões do Duster estão alinhadas com os outros modelos da marca. A de entrada é a Zen e, de série, ela vem com itens básicos como ar-condicionado e vidros, travas e ajustes dos retrovisores elétricos, rodas de aço de 16 polegadas e rádio.
Além disso, ela conta com luz de circulação diurna em LED, banco do motorista com regulagem de altura e traseiro bipartido, sistema start/stop, direção elétrica. O pacote Techno acrescenta a central multimídia, faróis de neblina e rodas de liga leve. A Zen CVT acrescenta o câmbio automático e ponteira do escapamento cromada.
Isso sem falar nos itens obrigatórios por lei, como cinto de segurança de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes, Isofix, controle de estabilidade, freios ABS e airbag duplo frontal. Aqui um deslize da marca, ao contrário do Kwid e da família Sandero, o Duster não vem com quatro bolsas de proteção, apenas as exigidas pela legislação.
A Intense conta com todos os itens da Zen e acrescenta sensor de estacionamento traseiro com câmera de ré, ar-condicionado digital e automático, a central multimídia, rodas de liga leve, detalhes cromados na carroceria, faróis de neblina, volante em couro e piloto automático. Como opcional, banco em couro e o pack Outsider.
Já a topo de linha, a Iconic, ganha sistema multiview com quatro câmeras (com visualização manual), alerta de ponto cego, sensor de luminosidade, rodas de liga leve de 17 polegadas diamantadas, apoio de braço e chave cartão com abertura das portas e partida do motor por sensor.
Viagem a convite da Renault