Produção brasileira de motocicletas tem o melhor resultado desde 2011

Há 13 anos o Brasil não produz tantas motocicletas como em 2024. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), de janeiro a novembro, mais de 1.6 milhão de unidades saíram das linhas de produção instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). 

O número total, 1.624.373, é maior do que o visto em todo 2023. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando 1.455.292 motos foram fabricadas no Brasil, houve um crescimento de 11,6%. Além disso, o resultado é o melhor visto pela indústria desde 2011. 

“Esses números comprovam o bom momento vivido pela nossa indústria, que cumpriu rigorosamente seu planejamento e soube se preparar com antecedência para enfrentar a estiagem. Passamos pelo período mais crítico e já caminhamos rumo à normalidade logística, com os navios voltando a atracar em Manaus”, aponta Marcos Bento, presidente da Abraciclo.

Dentro deste contexto, as montadoras instaladas no Polo Industrial de Manaus, segundo a entidade, devem atingir a projeção de 1.72 milhão de unidades produzidas em 2024, o que representaria um crescimento de 9,3% em relação ao ano passado.

Em novembro, foram fabricadas 146.055 unidades, alta de 10,6% na comparação com o mesmo mês de 2023 (131.998). Em relação a outubro, por conta de quatro dias úteis a menos, houve uma queda de 5,8% (155.007). Mas a média diária foi de 7.687 contra 6.739. Além disso, segundo a Abraciclo, este foi o melhor novembro para o setor em 13 anos.

Apesar de ainda em queda, as exportações melhoraram um pouco. De janeiro a novembro, as associadas da Abraciclo enviaram 28.468 motos para outros mercados, 10,7% a menos do que no mesmo período do ano passado (31.882). Já no último mês, os embarques para o exterior totalizaram 1.640 unidades. O volume foi 14,2% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (1.436), mas 44,7% menor que em outubro (2.967).