Queimando pneu

Piloto de equipe brasiliense de Drift mantém preparação mesmo durante pandemia

O baiano Chico Horne é uma das apostas da BSB Drift em campeonatos nacionais da categoria

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Piloto de drift Chico Horne mantém preparo durante pandemia. Fotos: Divulgação.

A pandemia do novo coronavírus afetou muito além da economia e da saúde do país. As mais diversas competições esportivas também foram suspensas por causa do Covid-19. Entre elas as automotivas, da famosa Fórmula 1 as competições locais, como o Drift, uma das categorias mais radicais do automobilismo.  

O baiano Chico Horne é um dos pilotos da brasilienses BSB Drift. Mesmo sem previsão de retorno, ele vem se preparando para o retorno às pistas. O calendário de provas ainda está indefinido para a temporada 2020. Enquanto isso, Horne tem aproveitado para acelerar as sessões de malhação, pedaladas com a bike e limpeza da casa para manter a forma física.

Os campeonatos de drifts ainda não têm data confirmada.

Casado e pai de um casal de filhos, Chico Horne é considerado um piloto ousado. Graças à cursos de pilotagem, entre eles na Porsche nos Estados Unidos, que ele conquistou um lugar no cockpit de um dos carros da equipe BSB Drift, do experiente piloto Hélio Fausto.

A bordo de um BMW E36 Turbo, Horne vai competir nas provas dos dois principais campeonatos nacionais, o Drift Ultimate e Super Drift Brasil. Segundo ele, estava tudo preparado, mas a pandemia adiou. O baiano aproveitou o distanciamento social para mudar sua alimentação e focar nos exercícios físicos, conseguindo “enxugar” 5kg em menos de um mês.

Mais magro, Chico Horne tem maior facilidade para realizar manobras ao volante sob fortes temperaturas dentro do veículo. Ele é o único representante da região Nordeste nos campeonatos de drift, a técnica que faz com que o carro ande de lado, e vai entrar na briga com pilotos experientes, como Diego Higa de São Paulo. 

Entre as novidades estão o capacete colorido.

“Fui buscar a melhor equipe para andar num carro preparado. Vou entrar nas provas para participar, mas quero mesmo é ganhar. É pé no acelerador e não deixar o carro rodar”, conta Horne.

A previsão do retorno do calendário da temporada 2020 é a partir de setembro. Mais magro, Horne mandou fazer macacão antichamas e capacete reforçado repleto de tons quentes para as competições de drift Brasil afora. Segundo ele, a mistura de cores ajuda no equilíbrio emocional e traz adrenalina e alegria. Já o macacão preto contra-incêndio garante uma segurança a mais.

O carro também está passando por preparação, a BMW ganhou novo banco, em formato de concha, totalmente travado na estrutura de sobrevivência do carro. Para chegar ao nível dos melhores pilotos de drift, a ordem é queimar, literalmente, pneus na pista. 

“A cada treino simples, ao menos, dois pares de pneus vão embora. Em um campeonato, cada piloto gasta, em média, 10 pares de pneus” conta Horne, que treina com um Nissan 350Z e participa de apresentações na Bahia e pelo Brasil afora.

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