Duas décadas

Há 20 anos, a Nissan iniciava sua trajetória no Brasil

Da importação de carros à fabricante nacional de automóveis e motores

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Nissan comemora 20 anos de Brasil. Fotos: Nissan.

A Nissan do Brasil completa duas décadas de atividades oficiais no país. Evoluindo de uma operação de importação de carros para se consolidar como uma fabricante nacional de automóveis e motores, a marca tem inúmeros motivos para comemorar a presença em solo nacional.

Os resultados alcançados pela da subsidiária da Nissan no Brasil, a primeira da marca na América do Sul, fazem com que a celebração fique ainda mais forte. Durante as duas décadas, foram quase 885 mil carros comercializados no país. 

Além disso, produziu-se mais de 646 mil automóveis da Nissan em solo nacional, nas fábricas de Resende (RJ) e São José dos Pinhais (PR). O modelo mais vendido pela marca no período foi o Versa, seguido do Kicks e do compacto March. Além disso, a evolução de participação de mercado ao longo dos anos foi de 0,02% em 2000 para 3.3% no acumulado do ano de 2020.

“Os últimos 20 anos foram muito importantes para a consolidação da Nissan no mercado brasileiro. Apesar de sermos ainda jovens no país, temos uma fábrica muito eficiente, escritórios em diferentes cidades do país, uma rede de concessionárias forte e bem distribuída, e uma equipe, de cerca de dois mil funcionários, muito profissional e dedicada”, afirma Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil. 

A Pathfinder foi o primeiro modelo importado oficialmente.

Após ter sido representada por empresas importadoras locais em diferentes épocas no Brasil — os primeiros registros datam do início dos anos 1950, quando até mesmo alguns veículos chegaram a ser montados em São Paulo — a Nissan se instalou oficialmente com uma filial no país no ano 2000. 

Inicialmente, a marca comercializou veículos importados de outros países. O primeiro deles foi a Pathfinder, um dos SUVs ícones da japonesa em todo o mundo. Pouco tempo depois, em 20 de dezembro de 2001, era inaugurada a fábrica de veículos comerciais para produzir modelos da Renault e da Nissan em São José dos Pinhais, no Paraná. 

Junto com a Frontier, o Xterra foi o primeiro a ser produzido no Brasil.

Esta foi a primeira fábrica comum da Aliança no mundo e passou a produzir, em 2002, a picape Frontier e o utilitário Xterra e, a partir de 2009, outros modelos da marca como a família Livina. Com uma linha composta por modelos importados e nacionais produzidos na unidade de veículos comerciais, a Nissan foi crescendo e conquistando os brasileiros. 

Em 2011, a japonesa deu um passo importante em sua estratégia de crescimento e consolidação no país, anunciando um investimento de R$ 2,6 bilhões para construir o Complexo Industrial de Resende, no estado do Rio de Janeiro, 100% dedicado a produção de modelos da Nissan. 

Versa e March foram os primeiros a sair da planta de Resende.

O Complexo Industrial de Resende foi inaugurado em 15 de abril de 2014, com fábricas de automóveis e de motores. A unidade de veículos apresenta um ciclo completo de produção, incluindo área de estamparia e unidades de injeção e pintura de peças plásticas, e já nasceu como uma das mais modernas e sustentáveis da Nissan no mundo. 

A produção começou com os modelos March e Versa e os motores flexfuel 1.0 12V, de três cilindros, e 1.6 16V, de quatro cilindros.

Um dos auges da marca no Brasil, mesmo sendo nova por aqui, foi o patrocínio dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, com o Kicks sendo o carro comando do revezamento da tocha, passando por mais de 300 cidades de diferentes regiões do país, em um percurso que durou 90 dias. 

O revezamento marcou o lançamento mundial do Kicks e o início de seu sucesso. Em 2017, o modelo passou a ser produzido em Resende (antes era importado do México) e foi eleito o melhor SUV da América Latina. A planta de Resende já produziu mais de 170 mil unidades do modelo, que hoje é o mais vendido da marca no país e na América Latina.

Assim, a empresa, que tinha 200 funcionários em 2010 no país, hoje conta com mais de dois mil empregados diretos. Eles ficam divididos entre a sede da Nissan na cidade do Rio de Janeiro, o complexo Industrial e Centro de Armazenamento e Distribuição de Peças em Resende (RJ), escritório com foco na área comercial em São Paulo, centro de Treinamento em Jundiaí (SP) e áreas de engenharia e compras em São José dos Pinhais (PR).

Além destas equipes, a Nissan do Brasil abriga ainda o Estúdio Satélite de Design, um dos sete hubs de design da marca no mundo, dedicado aos projetos para a América Latina, como o do Kicks, por exemplo. 

Inicialmente importado do México, hoje o Kicks é feito no Brasil.

A marca criou também o Instituto Nissan, braço de responsabilidade social e sustentabilidade da empresa no país. Além disso, a montadora mantém desde 2012 um grupo de atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas, o Time Nissan, que vem conquistando centenas de medalhas para o esporte brasileiro.

Em 2019, a Nissan deu um passo importante rumo à eletrificação do país. A fabricante japonesa começou a vender em solo nacional a segunda geração do 100% elétrico Leaf. O modelo é o ícone da Nissan Intelligent Mobility, visão global da marca que busca transformar a maneira como os veículos são conduzidos, impulsionados e integrados à sociedade.

O Sentra é um dos modelos que chega importado ao país.

A empresa também está avançando com o compromisso de desenvolver o ciclo completo da mobilidade elétrica no país. Assim como em outros lugares no mundo, a companhia vem firmando uma série de acordos com importantes instituições. 

Com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por exemplo, estuda soluções futuras para as baterias usadas de veículos elétricos. Já com o Parque Tecnológico de Itaipu e o Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação, a missão é desenvolver estações de carregadores veiculares e sua integração ao sistema de energia nacional.

O Leaf faz parte da frente eletrificada da marca.

Com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), a finalidade é o estudo do uso do bioetanol como opção para a eletromobilidade.

“Alinhados com o Nissan NEXT, plano global de transformação da marca até 2023, seguimos planejando cada passo do nosso crescimento local, comprometidos com o país, a sustentabilidade do negócio, com foco no cliente e na qualidade japonesa”, aponta Marco Silva.

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