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GM comemora 90 anos da fábrica de São Caetano do Sul, a mais antiga do país

Atualmente, a planta é responsável pela produção de cinco modelos distintos

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GM do Brasil mantém a arquitetura original de sua sede no país há 90 anos. Fotos: GM.

A fábrica de automóveis mais antiga do Brasil está completando 90 anos de operação. A planta da Chevrolet de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, foi inaugurada em 1930 e já foi responsável pela produção de modelos como Opala e Monza. 

Atualmente, da linha de produção com conectividade nível quatro, saem cinco modelos: o Novo Tracker, além do Joy, Joy Plus, Spin e Montana. Dentre todos os investimentos nesses 90 anos, um dos maiores foi realizado entre 2018 e 2019. Com valores na casa de R$ 1,2 bilhão, a planta foi adaptada para “entrar” na era da indústria 4.0.

Modelos na linha de produção.

Se antes as carrocerias eram puxadas por correntes na montagem geral, hoje os veículos são conduzidos por skillets de última geração que regulam a altura conforme a operação a ser realizada. 

Nos primórdios do século XX uma linha de montagem contava com poucos recursos eletroeletrônicos, hoje os operadores de produção são treinados em um ambiente de realidade virtual, contam com manipuladores pneumáticos e convivem com a mais alta tecnologia de veículos autônomos, apertadeiras eletrônicas e grande nível de automação e robótica.

Atualmente, o Tracker é um dos modelos que sai da linha de produção da planta.

“É muito bom ver a nossa fábrica mais antiga no Brasil completar 90 anos com tantas tecnologias inovadoras e produzindo carros líderes de mercado. Esses são frutos de investimentos que fizemos no país nos últimos anos e que mostram o nosso compromisso com este mercado que escolhe a Chevrolet como líder de varejo há tantos anos”, comenta Luiz Carlos Peres, vice-presidente de manufatura da GM América do Sul.

A linha de montagem da fábrica de São Caetano do Sul passou por uma verdadeira revolução nos últimos anos. E, para aprender a operar as novas tecnologias, os operadores e demais funcionários da manufatura contam com tecnologia de realidade aumentada para os treinamentos.

Linha de montagem da General Motors do Brasil no ABC dos anos 1950.

Entre as novidades técnicas implantadas estão: novas células de injeção plástica com corte e flambagem, gerando melhora na ergonomia dos operadores e garantindo repetibilidade, melhorando qualidade e produtividade. Sistema de pintura de para-choques automatizada, com filtragem de ar a seco, que trouxe redução do consumo de água e melhora na produtividade e qualidade.

Uso de veículos autônomos (AGC’s) na linha de produção, para movimentação de peças no processo produtivo, trazendo mais segurança e produtividade. Novo sistema de movimentação de carrocerias na linha de montagem, que se regula automaticamente à operação, ajustando a altura para melhor ergonomia do operador.

Modelos na linha de produção.

Novas apertadeiras eletrônicas, com controle exato de torque para cada operação. Automação da aplicação de cola e colocação de vidro na carroceria por robô. Novo sistema de sequenciamento de pneus, automatizado desde a chegada do caminhão até chegar na linha o pneu certo, na hora certa e já montado na roda. Novo sistema de controle de estoque online.

Internalização de cortes de chapa com nova máquina com baixo ruído e 100% automatizada, que garante maior repetibilidade e qualidade do produto, além da melhora na capacidade de resposta do processo produtivo. Novas células de medição online, realizando análise dimensional de 100% das carrocerias.

Construção da fábrica no ABC ocorreu em ritmo acelerado em meados de 1929.

Aumento do nível de automação do processo de funilaria para 92%, o que garante repetibilidade do produto com mais qualidade e produtividade. Novo robô de aplicação interna para pintura. Com este novo robô o processo de pintura tornou-se 100% automatizado. Rebocador autônomo, que traz melhoria em segurança e produtividade.

Novo processo de solda plasma (a laser), que evita deformidades na chapa durante o processo de solda. Essa solda é usada, por exemplo, no teto do novo Tracker, dispensando a parte plástica que une teto à porta do carro, tornando o design mais limpo e bonito. 

Primeiro automóvel de passeio nacional da GM foi o Opala, no final da década de 1960.

Modificação da estufa de pintura, de elétrica para gás, com isso, há a redução do consumo de energia elétrica. Novos manipuladores para o Centro de Materiais que trouxeram melhorias na ergonomia do processo de estocagem. E reboques elétricos, que trouxeram ganhos na segurança e produtividade e redução de impactos ambientais;

“É quase tudo novo, os prédios permaneceram e alguns aumentaram de tamanho. Mas por dentro tudo foi modificado. Muito dessa obra foi realizada com a fábrica funcionando, o que tornou o desafio ainda maior. Tenho orgulho de ter sido um dos líderes responsáveis por este projeto, que nos deixa ainda mais perto do nosso objetivo que é de entregar resultados de uma fábrica nova, mesmo com as restrições de uma instalação de 90 anos”, afirma Andreieli Pinto, diretor executivo da fábrica.

Reinauguração da planta após a reestruturação.

Segundo a Chevrolet, além da tecnologia produtiva, a planta de São Caetano também é referência em gestão dos seus impactos ambientais. Todo o Complexo, que engloba a manufatura, é Zero Aterro desde 2016. Isso quer dizer que nenhum resíduo produzido lá é enviado para aterro sanitário, tudo é reciclado, reaproveitado ou coprocessado.

Além disso, a operação conta com estação de tratamento de efluentes desde 1940 e em 1989, a fábrica passou a fazer o reuso de efluente industrial. Em 2017, instalou um sistema solar de aquecimento com 560 metros quadrados para fornecer água quente aos chuveiros do vestiário da fábrica, o equivalente a abastecer o consumo diário de 900 casas. 

Veículo de número 10 mil na linha de produção da fábrica, em 1940.

O sistema conta com 280 placas solares e sistemas de bomba de calor, com capacidade para abastecer 300 chuveiros, eliminando a necessidade de uso de vapor e evitando o consumo de gás natural.

A fábrica é certificada ISO 50.001, que atesta a gestão de energia, e já recebeu o prêmio Energy Star Challenge for Industry, concedido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos em reconhecimento à redução comprovada de consumo de energia por veículo produzido.

Imagem aérea recente do complexo industrial de São Caetano do Sul.

O trabalho de preservação de áreas verdes e educação ambiental ainda garantiu à fábrica de São Caetano do Sul a certificação do do Wildlife Habitat Council (WHC).

De acordo com a montadora, a fábrica também é muito próxima e atuante na comunidade Sul-Caetanense. Ao longo dos seus 90 anos, a Chevrolet esteve presente através do Instituto GM e seu corpo de voluntariado em inúmeras campanhas e ações sociais.

Frota entregue pela GM à Prefeitura de São Caetano do Sul, em 1961.

As tradicionais Campanha do agasalho e Árvore da solidariedade (que promove a doação brinquedos a crianças carentes no Natal) unem-se a ações inovadoras como a força-tarefa de conserto de respiradores para combate ao Covid-19 liderada pela GM, que teve na fábrica de São Caetano do Sul um dos pontos de reparo.

GM do Brasil mantém a arquitetura original de sua sede no país há 90 anos. Fotos: GM.
Imagem aérea recente do complexo industrial de São Caetano do Sul.
Primeiro automóvel de passeio nacional da GM foi o Opala, no final da década de 1960.
Frota entregue pela GM à Prefeitura de São Caetano do Sul, em 1961.
Linha de montagem da General Motors do Brasil no ABC dos anos 1950.
Operários na antiga linha de montagem da unidade de São Caetano do Sul.
Modelos na linha de produção.
Veículo de número 10 mil na linha de produção da fábrica, em 1940.
Caminhão Chevrolet Gigante 1938 no fim da linha de produção.
Construção da fábrica no ABC ocorreu em ritmo acelerado em meados de 1929.
Reinauguração da planta após a reestruturação.
Atualmente, o Tracker é um dos modelos que sai da linha de produção da planta.
Modelos na linha de produção.

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