Ford renova o esportivo Mustang com a chegada da versão Mach 1
O clássico “pony car” completa 57 anos neste sábado e inicia novo capítulo no Brasil
No mundo automotivo, algumas poucas datas são lembradas pelo simples fato de ter sido o lançamento de um veículo. Uma delas acontece neste sábado. Em 17 de abril de 1964, ou seja, há 57 anos, “nascia” um fenômeno, o Ford Mustang, o primeiro “pony car” da história. O muscle car logo caiu nas graças do público americano e depois mundial.
Com um atraso de mais de cinco décadas, o esportivo chegou no Brasil em 2018 e desde então mostrou porque é um fenômeno de vendas no mundo todo. Agora, para tentar manter os números positivos — apesar de ainda vender consideravelmente bem, por aqui, o modelo perdeu o primeiro lugar entre os esportivos para o Porsche 911 –, a marca apresenta o Mach 1.
O Mach 1 chega para assumir o lugar da Black Shadow.
A nova versão do muscle car é baseada na topo de linha a GT, que por aqui foi substituída pela Black Shadow, que agora cede lugar para a Mach 1. O modelo chega com o novo sistema Ford Pass Connect, motor recalibrado com maior potência, modificações no visual e R$ 100 mil mais caro que a versão anterior. Agora, o Mustang custará a bagatela de R$ 499 mil no Brasil. Ele já pode ser reservado, as primeiras unidades devem desembarcar por aqui entre junho e julho.
Um ponto interessante é que a Mach 1 é uma série limitada, mas sem limite de unidades, ou seja, enquanto tiver quem comprar, a Ford vai vender. Segundo a marca, ele é limitado porque surge de tempos em tempos na história do Mustang e nem todas as gerações tiveram uma configuração com este nome. Na verdade, este é apenas o quarto Mach 1 da história do modelo.
Basicamente adesivos
O diferencial do visual são os adesivos esportivos espalhados pela carroceria.
O design do Mustang no Mach 1 praticamente não foi alterado, ele mantém o estilo apresentado na atual geração (a sexta). Mas o visual foi atualizado, com diversos adesivos esportivos que remetem à clássica versão. Além disso, o interior segue padrões dos Mach 1 vistos na primeira, segunda e quarta geração.
Todas as versões virão com uma faixa central preta no capô emolduradas por uma pequena linha em outra cor, que varia de acordo com o tom da pintura, podendo ser laranja, branco ou vermelho. O mesmo padrão é visto nas laterais, com uma fina faixa logo acima das saias e que avançam pelo para-choque.
As duas saídas duplas foram inspiradas no poderoso Shelby GT500.
Na traseira, duas saídas duplas de escapes inspiradas no poderoso GT500. Além disso, o nome “Mach 1” é visto no “nariz de tubarão” bem na ponta do capô, nas laterais e entre as lanternas, no meio da faixa em preto brilhante. Na grade frontal, ele conta com duas incisões que remetem aos faróis extras que as versões clássicas tinham.
Por dentro, mais homenagens aos icônicos Mach 1. Como na carroceria, a cabine mantém o mesmo estilo das versões anteriores da atual geração do Mustang. A lembrança de outros Mach 1 está no desenho dos bancos, que segue o estilo dos modelos das décadas de 1960 e 1970, e na inscrição com o nome do modelo logo acima do porta-luvas e nas soleiras das portas.
Ainda mais forte
O forte motor V8 ganhou 17 cavalos, chegando a 483.
Como todos os Mustangs vendidos oficialmente no Brasil, o Mach 1 utiliza o poderoso motor V8 5.0 aspirado. A diferença é que a marca recalibrou a caixa de força e, agora, ela rende 483 cavalos, 17 a mais que o anterior, o torque continua o mesmo, com os bons 56,7kgfm, assim como a transmissão, a automática de oito velocidades, com direção elétrica e tração traseira.
Segundo a Ford, o esportivo conta com um novo conversor de torque e que, com isso, as trocas de marcha estão ainda mais rápidas. Outras novidades são os freios Brembo de 15 polegadas e pinças de alumínio de seis pistões na dianteira e suspensão Magneride adaptativa com nova calibração.
Diversos detalhes remetem aos clássicos Mach 1.
Além disso, ele herda equipamentos de versões ainda mais ariscas do Mustang, como barra antitorção e sistema de indução de ar do Bullit, coletor de admissão, corpo de borboleta maior, sistema de arrefecimento do motor e radiador da transmissão do Shelby GT350 e escapamento, difusor traseiro, braços e buchas da suspensão traseira e sistema de arrefecimento do diferencial traseiro do Shelby GT500.
Como um bom esportivo, a aerodinâmica é algo pensado minuciosamente. O Mach 1 conta com novas grades frontais para diminuir a turbulência, os para-choques foram redesenhados para otimizar o fluxo de ar e minimizar o arrasto. Um novo defletor dianteiro melhora o fluxo de ar, aumentando o resfriamento dos freios em até 25% e os novos defletor e spoiler traseiro melhoram o fluxo de ar e aumentam o downforce do Mustang.
Conectado
Além da central multimídia, agora ele tem Ford Pass Connect.
O Mach 1 insere o sistema Ford Pass Connect na linha Mustang no Brasil. Com ele, por meio do aplicativo para smartphones, é possível travar e destravar as portas de forma remota, assim como dar a partida do motor, verificar os status do veículo (como autonomia, odômetro e pressão dos pneus), localizar o esportivo e receber alerta em tempo real do acionamento do alarme.
Ele mantém a central multimídia Sync 3 com sistema de som da Bang & Olufsen com 12 alto-falantes de 1000w de potência, subwoofer de oito polegadas, sistema de navegação, duas portas USB, conectividade com smartphones via Android Auto e Apple CarPlay, mas por fio e assistência de emergência.
Ford Mustang Mach 1.
O esportivo conta também com sensores de chuva e crepuscular, assistente de partida em rampa, câmera de ré, monitoramento de pressão dos pneus, controles de tração e estabilidade, farol alto automático, oito airbags, alerta de colisão com detecção de pedestres e frenagem de emergência, assistente de permanência em faixa e piloto automático adaptativo. Mas inexplicavelmente, ele não tem sensores de estacionamento.
Na parte da comodidade, abertura das portas e partida do motor com chave sensorial, a central multimídia com tela de oito polegadas, ar-condicionado digital e dual zone, bancos dianteiros com ajustes elétricos, aquecimento e resfriamento, painel de instrumentos 100% digital e configurável e sete modos de condução (normal, esportivo, esportivo+, pista, drag, neve/molhado e my mode).
