Teste da vez

Fiat Argo Trekking, um veículo aventureiro que é a cara do Brasil

Testamos a versão baseada na Drive manual, ideal para andar nas vias acidentadas do país

acessibilidade:
8º → Fiat Argo → 22.727 unidades

Não é de hoje que a Fiat cria versões aventureiras para seus modelos. A marca foi a primeira a fazer uma maquiagem voltada para o fora de estrada leve com o Palio Weekend Adventure. Outra variação da montadora é a Trekking, que agora também equipa o Argo.

Testamos a configuração aventureira do hatch compacto da montadora italiana pelas ruas de Brasília. O modelo, que é a cara do Brasil, é ideal para se aventurar pelas selvas urbanas e seus asfaltos esburacados repletos de desníveis, graças a suspensão elevada. Ele parte de R$ 59.990.

Detalhes em preto por toda a carroceria.

A versão testada ainda conta com duas opções de pacote opcional: rodas de liga leve escuras de 15 polegadas por R$ 1.650 e câmera de ré por R$ 710. Na cor branca com teto preto, acrescenta mais R$ 800. Se o comprador quiser pintura metálica, é preciso mais R$ 2 mil, já a perolizada é necessário desembolsar mais R$ 2.200.

O conjunto mecânico é o mesmo da versão Drive 1.3 manual. O motor gera 109 cavalos e 14,2kgfm de torque. O câmbio é manual de cinco velocidades e a suspensão é 40mm mais alta que o Argo “normal”. Como diferencial, pneus Pirelli de uso misto. 

Leve Maquiagem 

Teto e spoiler são seguem o mesmo padrão escuro.

Para reforçar o visual aventureiro, o Argo Trekking conta com saias laterais, frontais e traseiras, proteção dos para-lamas, teto, grade dianteira, spoiler, ponteira do escapamento e rack do teto em preto. Assim como rodas e os símbolos da marca escurecidos. 

O modelo ainda conta com adesivos alusivos à versão. Por dentro, praticamente tudo em preto, apenas as costuras laranjas dos bancos não são escuras. Até o símbolo da Fiat no volante foi escurecido. Além disso, o nome Trakking foi bordado no encosto dos bancos. 

O hatch conta com adesivos alusivos a versão nas laterais e atrás.

O acabamento é bem feito, mas o materiais são simplórios. O interior é coberto de plástico duro e seco. O tecido dos bancos são agradáveis e ajudam a segurar bem o corpo nos assentos. 

O espaço interno segue o padrão da categoria. Como os demais Argos, o Trekking não é o mais apertado, mas também não é o mais folgado. Quatro pessoas viajam com conforto, mas uma quinta gera um aperto desnecessário. O porta-malas de 300 litros tem um bom tamanho. 

De bom tamanho

Central multimídia é um dos destaques da cabine.

Carro no Brasil está caro e não é de hoje. Assim, mesmo modelos de R$ 60 mil podem ser considerados intermediários e não mais topo de linha, como é o caso do Argo Trekking. Dessa forma, a lista de equipamentos deve corresponder com a proposta do carro. Nisso, o hatch até que vai bem, mas tem seus deslizes. 

De série, ele vem com os básicos vidros, travas, direção e ajustes dos retrovisores elétricos e ar-condicionado. A lista conta também com faróis de neblina, computador de bordo com velocímetro digital e central multimídia com tela de sete polegadas, conexão bluetooth e com smartphone via Android Auto e Apple CarPlay e duas portas USB. 

Roda de liga leve apenas como opcional.

Estes dois últimos itens são destaques entre os equipamentos. Nisso, a Fiat mandou muito bem. Principalmente na conexão com smartphone, que basta conectar o celular pelo cabo USB que a transmissão é feita. Assim como o velocímetro digital, que ajuda muito na hora da condução.  

Já na parte da segurança, apenas sensor de estacionamento traseiro, sistema de monitoramento de pressão dos pneus e Isofix. Aqui, um ponto negativo para a Fiat. Pelo valor, o Trekking deveria contar, pelo menos, com controles de tração e estabilidade e auxiliar de partida em rampa. 

Velocímetro digital ajuda muito na direção.

Outro ponto é que, ele não conta com luz de circulação diurna. Mas pelo menos vem com faróis que ligam e desligam automaticamente junto com o motor, o que auxilia no momento de ficar com as luzes ligada mesmo de dia. Item que a Fiat utiliza há muito tempo em seus veículos. 

Pela “selva”

O desenho é idêntico ao das outras versões do Argo.

Um veículo aventureiro, infelizmente, é a cara do Brasil. Este tipo de modelo se popularizou por aqui por ter uma suspensão mais alta e calibrada para rodar em terrenos mais acidentados, não necessariamente na terra, mas também nos asfaltos ruins país a fora. 

Nisso, o Trekking se sai muito bem. Os 40mm a mais de altura, a reprogramação da suspensão e até os pneus de uso misto ajudam a diminuir o desconforto repassados por nossas vias. O sistema foi muito bem recalibrado pela montadora. 

A suspensão ficou 40mm mais alta.

Com isso, o rolar está mais confortável e não repassa as imperfeições das pistas para a cabine, otimizando o conforto dos ocupantes a bordo do Argo. Além da suspensão elevada, completa o conjunto mecânico motor 1.3 e câmbio manual. 

A transmissão funciona muito bem, com engates precisos. As trocas são feitas com facilidade e sem trancos, as marchas não “arranham”. Além disso, a embreagem é leve e não demanda muito esforço para utilizá-la, assim como a direção elétrica. 

O motor é o Firefly 1.3 de 109 cavalos.

Mesmo com 109 cavalos, o motor trabalha bem. Não é uma expertise de potência, mas atua de forma honesta. Como o câmbio é manual, o motorista consegue trabalhar da forma que achar melhor as acelerações, se vai realizar as trocas mais cedo ou mais tarde. 

Com isso, as manobras são feitas sem sustos. Ultrapassagens, saídas e retomadas de velocidade são feitas com segurança. Para um veículo com essa potência, ele atende muito bem. 

O câmbio manual tem trocas confortáveis e sem esforço.

Na parte do consumo, ele também foi bem, com média de 14km/l. Mas rodando em Brasília, onde as vias são bem mais planas e o trânsito não é tão pesado quanto em outros lugares. Com esse número, ele foi acima da média oficial da montadora, que é de 10km/l na cidade.

A opinião do Diário Motor

Fiat Argo Trekking.

O Argo Trekking, assim como todo veículo aventureiro, é um veículo que é a cara do Brasil, pois é feito para otimizar o conforto em terrenos mais acidentados. O ponto é que este tipo de piso, muitas vezes é de asfalto, dos bem ruins, que vemos aos montes por todo o país, e não de terra. 

Assim, ele se comporta bem na “selva urbana”, otimizando os desníveis das pistas e não repassando as imperfeições das vias para a cabine. O conjunto mecânico, apesar de mais simples, trabalha bem também e não demanda muito esforço do motorista. E o consumo também é bom.

A Fiat entrou na onda dos símbolos em preto.

A lista de equipamentos é boa, pela faixa de preço do carro — que como todo veículo no Brasil, é caro –, mas poderia ser melhor, principalmente na parte da segurança. 

O espaço interno fica dentro da média da categoria. O visual aventureiro é leve e não causa estranheza, pelo contrário, é bem agradável. Vale a compra! Nota: 8. 

Ficha Técnica

Motor 1.3 e câmbio manual de cinco velocidades.

Motor: 1.3

Potência máxima: 109cv 

Torque máximo: 14,2kgfm 

Transmissão: manual de 5 velocidades

Direção: elétrica

Suspensão: independente na dianteira e semi-independente na traseira

Freios: a disco na dianteira e tambor na traseira

Porta-malas: 300 litros 

Dimensões (A x L x C x EE): 1.503 x 1.724 x 3.988 x 2.521mm 

Preço: R$ 59.990

Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
6º -- Fiat Argo -- 76.001 unidades
8º → Fiat Argo → 22.727 unidades
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.
Fiat Argo Trekking.

Reportar Erro