Foco na segurança

Em tempos de chuva, cuidado extra na direção e com o veículo

Pneus, limpadores, luzes e freios sempre devem estar em dia para maior segurança

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Em tempos de chuva, cuido extra na direção. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O período de chuva está começando em boa parte do país. Na capital federal, por exemplo, foram quase quatro meses de estiagem. Nestes primeiros momentos, é importante ficar atento ao asfalto molhado e ao bom funcionamento das peças do carro.

Em locais de grande estiagem, como em Brasília, as primeiras chuvas não são suficientes para lavar o asfalto por completo. A mistura de óleo (que os carros vão jogando na pista) e água faz com que o pavimento fique muito escorregadio e perigoso. 

A gordura na pista, misturada com água, vira um “sabão”, o que necessita de uma atenção maior do motorista. O condutor deve diminuir a velocidade, aumentar a distância para o veículo da frente, não frear bruscamente e ficar atento a qualquer problema na pista. 

E, se dirigir com pista molhada já exige uma atenção maior do condutor, nessas situações, a concentração deve ser ainda maior. Além disso, é sempre importante se atentar para o desempenho do veículo, se todas as peças do carro não estiver no pleno funcionamento, o risco de colisão é grande. 

Para Pedro Alves, analista técnico da área de pesquisa e desenvolvimento do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), é importante ficar atento e manter uma espécie de “kit de verificação”, de itens importantes para o bom funcionamento do veículo. 

“São vários fatores que possam ajudar na condução. Um dos mais importantes são os pneus. É indispensável verificar sempre os desgaste deles, afinal, os compostos são os responsáveis para dar a aderência do veículo em relação ao solo. Os sulcos (ranhuras) são encarregadas por tirar a água da banda de rodagem e, entre outros, evitar aquaplanagem”. 

Segundo Anderson Cleiton Pinheiro, gerente de assistência técnica da Brasal Veículos, o próprio motorista pode verificar a situação dos pneus, por meio do TWI (indicador de desgaste do piso, na sigla em inglês).

“É uma espécie de quebra-molas de borracha dentro do sulco do pneu. Ao localizá-lo, basta verificar se não está na mesma altura da banda de rodagem. Se estiver, significa que o pneu está careca e precisa ser trocado urgente”. 

Segundo Pinheiro, o veículo passa por um check-list na concessionária. Foto: Bianca Accioly/Brasal.

Alves atenta também para a calibragem dos pneus. “A pressão dos compostos sempre devem estar corretas, assim, a dirigibilidade do veículo não é afetada. Para maior segurança, sempre verifique pelo manual do veículo qual a calibragem correta”, afirma. 

De acordo com os dois especialistas, é importante ficar atento também às luzes do veículo, dos faróis, baixo e alto, as setas indicadoras de direção. “Com o veículo parado, basta ligar cada uma das lâmpadas e ir verificando se estão funcionando. No caso de alguma queimada, leve o veículo a um eletricista mecânico”, aponta Pinheiro. 

Outro item facilmente verificado pelo próprio motorista é o limpador de para-brisa. Com o longo período de seca e, principalmente, se o veículo fica muito exposto ao sol, com o tempo, as palhetas ressecam e seu uso fica prejudicado. A troca é feita rapidamente e o próprio motorista pode fazê-la. 

Alves aponta que todos esses itens são facilmente verificados pelo próprio motorista. “Basta seguir as orientações do manual do proprietário, mas se houver qualquer dúvida, o melhor é levar o veículo ao mecânico de confiança, que ele poderá verificar esses e outros equipamentos, como os freios”. 

Segundo Pinheiro, ao chegar em uma concessionária, normalmente, o cliente não precisa solicitar para que esses itens sejam verificados. “Eles fazem parte de um check-list básico que é sempre verificado em qualquer veículo que faça uma revisão periódica. Mas não custa nada reforçar junto ao mecânico”. 

Verificado todos os itens primordiais para o bom funcionamento do veículo, é importante ter cuidado na direção também. A principal dica, em momento de chuva, dos dois especialistas é diminuir a velocidade e aumentar a distância para o veículo da frente. 

“Um dos maiores riscos nesses momentos é a aquaplanagem. Se, ao passar por uma lâmina d’água, o motorista perceber que o carro aquaplanou, o correto é não mexer no volante e não frear bruscamente, assim o veículo permanecerá na mesma trajetória”, indica Pinheiro. 

Alves aponta que, se a chuva estiver muito forte, com baixa visibilidade, o motorista pode se orientar pela sinalização horizontal da via. “Acompanhe as faixas da pista para manter o veículo no traçado correto. Mas em caso de chuva extrema, se o motorista não estiver seguro para seguir viagem, o ideal é parar em um local seguro, seja em um posto ou comércio”.

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