Em ano de grave crise, mercado automotivo cai menos que o estimado
As vendas de automóveis recuaram 26,62% em comparação com 2019, abaixo da estimativa de 31%
No início do ano, o setor automotivo esperava crescer cerca de 10% nos emplacamentos de veículos no Brasil. Mas veio a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus e derrubou todas as estimativas. Em certo momento, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estimou uma queda de 40% nas vendas, mas felizmente o ano não foi tão ruim assim.
Em 2020, os emplacamentos de automóveis ficaram em 1.950.889, redução de 26,62% em relação a 2019, quando foram vendidas 2.658.692 unidades. No geral, englobando todos os segmentos, a indústria caiu 21,63% (3.162.851 de 2020 contra 4.036.046 de 2019).
Outro dado positivo é que, em números, dezembro teve o melhor desempenho do ano. O último mês fechou com 232.814 veículos emplacados, uma alta de 8,66% em relação a novembro (214.260), mas uma redução de 7,53% perante dezembro de 2019 (251.775).
Entre os caminhões e ônibus o ano foi bem melhor que para os automóveis. Foram emplacados 107.426 unidades, queda de 16,68% em relação a 2019 (128.926). Dezembro também foi um mês positivo, superior até ao mesmo período do ano anterior. Com 11.190 emplacamentos, cresceu 3,98% (10.762) comparado com dezembro de 2019 e 3,94% (10.766) de novembro.
Dos que caíram, as motocicletas foram as que tiveram a menor redução. Em 2020 foram emplacadas 915.502 motos, queda de 15,04% em relação a 2019. Em dezembro, foram vendidas 98.831 unidades, alta de 10,50% em comparação com novembro (89.438) e de 5,02% do mesmo período do ano anterior (94.103).
O mais impressionante foram os implementos rodoviários, que mesmo com a crise conseguiu ter alta de 6,11% em relação a 2019 (67.377 contra 63.498). Em dezembro, foram vendidos 7.354 unidades, crescimento de 14,83% (6.404) comparado com novembro e de impressionantes 47,32% (4.992) para dezembro de 2019.