Teste da vez

Chevrolet Tracker Premier, a versão topo de linha do novo queridinho entre os SUVs

Testamos a versão mais completa do utilitário compacto, que assumiu o 3º lugar da categoria

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Chevrolet Tracker Premier. Fotos: Geison Guedes/DP

O Chevrolet Tracker já está em sua terceira geração, tendo passado por uma grande reformulação na segunda. Da primeira, no qual dividia plataforma com o Suzuki Gran Vitara, até a atual, muita coisa mudou. Para a marca, a mudança mais importante é que, finalmente, o SUV compacto caiu no gosto do público brasileiro.

O modelo mudou completamente em março e fez a marca alcançar o terceiro lugar entre os utilitários compactos mais vendidos do país. Mesmo neste ano, com toda a crise gerada pela pandemia, até agora o Tracker já vendeu quase 20 mil unidades a mais que em todo 2019, quando fechou o ano em uma mísera 10ª posição.

O SUV mudou completamente.

Por ser uma nova geração, o Tracker mudou radicalmente. Apenas o nome foi mantido, Com visual renovado, alinhado à atual identidade da marca, motorização e equipamentos novos, o utilitário mostra porque merecia uma chance. Testamos a versão topo de linha, a Premier e seus salgados R$ 122.490. 

Como praticamente todo o segmento de veículos no Brasil, a Tracker exagera no preço pedido. Olhando apenas para as versões flex (o Jeep Renegade é o único com motorização diesel e, consequentemente, com valor bem maior), ele é o terceiro mais caro, atrás apenas do atual líder da categoria, o Volkswagen T-Cross, e o Honda HR-V e seus insanos R$ 142.700.

Elegância de sobra

Detalhes em couro azul dão um ar mais sofisticado ao modelo.

Como falamos, o SUV mudou 100%. Na parte visual, ele está alinhado à família compacta da Chevrolet, como o Onix. Externamente, o design — que já era bom — evoluiu muito. Destaque para a luz de circulação diurna em LED, que combina bem com barra cromada da grade, que mesmo grande, não é exagerada. 

Nas laterais, a cintura alta aponta para o lado robusto do utilitário, mesmo sendo um modelo totalmente urbano, assim com os apliques de plástico nas caixas de roda e nas saias. A traseira mantém a elegância, mesmo com a falta de proporção entre a tampa do porta-malas com o vidro traseiro. 

Espaço generoso no banco traseiro.

Mas o grande destaque da Premier é o interior. Por ser a topo de linha, ela vem com um gigante teto solar panorâmico. A cabine conta com detalhes em duas cores, em preto e azul escuro, um charme a mais. O mesmo detalhe azulado é visto no painel de instrumentos e nas portas, que contam com forração em couro. 

O acabamento é todo bem feito, sem rebarbas ou peças mal encaixadas. A tela flutuante da central multimídia harmonizou bem com o resto da cabine. Outro destaque do SUV é o espaço. Quatro adultos viajam com extremo conforto, um quinta sempre gera aperto, mas nada muito grave no caso do Tracker. O porta-malas também é muito bom, com seus 393 litros.

Completo, como deve ser

Ar-condicionado digital, mas poderia ser dual zone também.

Por ser a versão topo de linha do Tracker, a Premier faz bonito no quesito lista de equipamentos. E não é para menos, afinal, estamos falando de um carro de mais de R$ 120 mil. Entre itens de conforto e segurança, ele não não deixa a desejar em praticamente nada. 

Na parte da segurança, ele vem com seis airbags, assistente de partida em rampa, luz de condução diurna em LED, regulagem de altura dos faróis, piloto automático, câmera de ré, monitoramento de pressão dos pneus, sensores de estacionamento dianteiro, lateral e traseiro, crepuscular e de chuva, monitoramento de pressão dos pneus. 

As lanternas são de LED.

Mas os destaques ficam pelo alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, monitoramento de ponto cego, estacionamento automático, faróis tipo projetor, lanterna em LED e espelho retrovisor interno eletrocrômico. 

Na parte da comodidade, o teto solar elétrico e panorâmico, chave inteligente para abertura das portas e partida do motor, revestimento premium dos bancos, ar-condicionado digital (poderia ser de duas zonas), painel de instrumentos com tela TFT, carregador wireless e central multimídia com tela de oito polegadas, conexão com smartphones via Android Auto e Apple CarPlay, três portas USB, sistema OnStar e conectividade Wi-Fi.

Menor e melhor

A nova motorização responde trabalha bem.

O conjunto mecânico do Tracker é completamente novo também. Ele deixa de lado o motor 1.4 e passa a usar um moderno três cilindros 1.2 turbo de 133 cavalos no etanol e 132 na gasolina. O torque é de 21,4 e 19,4kgfm respectivamente. A caixa de força vem acompanhada de direção elétrica e transmissão automática de seis velocidades. 

Mesmo tendo um pouco menos de força que o motor anterior, o novo não faz feio, longe disso. Na cidade, ele trabalha de forma primorosa, com faixas de torque baixas, qualquer toque no acelerador faz o SUV disparar. O que deixa ultrapassagens, saídas e retomadas de velocidades fáceis e seguras. O câmbio também trabalha bem, sem trancos ou engasgos, realizando as trocas de maneira suave. 

O câmbio automático é confortável e sem trancos.

A suspensão também trabalha bem, absorvendo as inúmeras imperfeições do solo — coisa que não falta nas nossas vias. A direção elétrica progressiva deixa o volante leve em baixa e firme em altas, otimizando a segurança. Na hora de manobrar, um destaque é o conjunto tela da central multimídia e câmera de ré, que garante uma excelente visualização. 

Outro ponto alto do Tracker é o consumo. Durante o teste, ele fez, em média, 9,3km/l, abastecido com etanol, lembrando sempre que as vias planas de Brasília fazem com que o gasto seja mais próximo do rodoviário. Com isso, imaginamos que com gasolina, ele faça 14km/l tranquilamente. 

A opinião do Diário Motor 

Chevrolet Tracker Premier.

A nova geração do Tracker justifica todo o sucesso atual do modelo. Com visual agradável, equipamentos interessantes e conjunto mecânico bem calibrado, o SUV manda bem. O maior porém, como sempre, é o preço. Pagar R$ 122 mil em um utilitário compacto é pesado. 

Mesmo custando caro, como todos os outros, ele justifica o investimento. Poderia ser mais barato? Sim, deveria! Mas quem optar pelo já veterano (em sua história e não na atual geração) da Chevrolet terá um excelente carro na garagem. Vale a compra! Nota: 9,5.

Ficha técnica

Chevrolet Tracker Premier.

Motor: 1.2 turbo

Potência máxima: 133/132cv 

Torque máximo: 21,4/19,4kgfm 

Transmissão: automática de 6 velocidades

Direção: elétrica

Suspensão: independente na dianteira e eixo de torção na traseira

Freios: a disco na dianteira e tambor na traseira 

Porta-malas: 393 litros

Dimensões (A x L x C x EE): 1.626 x 1.791 x 4.270 x 2.270mm 

Preço: R$ 122.490

Chevrolet Tracker Premier.
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13º → Chevrolet Tracker → 49.372 unidades
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Chevrolet Tracker Premier. Fotos: Geison Guedes/DP
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