Obituário automotivo

As despedidas de 2020: veja os 11 veículos que deram adeus ao Brasil

De aposentadorias precoces a modelos que ninguém sentirá falta, confira as partidas do último ano

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Os 12 veículos que deram adeus ao Brasil. Fotos: Geison Guedes/DP e montadoras.

Como de costume, a cada ano as montadoras vão apresentando e aposentando novos veículos. A decisão de tirar um modelo de linha sempre envolve vários fatores, sendo o principal deles o volume de vendas. Mas às vezes pode ser uma ordem superior, da matriz. 

Com 2020 não foi diferente, várias marcas decidiram aposentar um veículo — algumas até mais de um. Em um ano impactado pela crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, já era de se esperar que o número de despedidas fosse grande. 

Ao todo, 11 modelos disseram adeus ao mercado brasileiro. O que mais impressionou é a quantidade de sedãs que se despediram, nada menos que seis modelos, de tamanhos diferentes, deixaram de ser vendidos por aqui. O que aponta que o segmento pode ser o próximo a perder espaço para os SUVs. 

O segmento que mais cresce no Brasil e no mundo já foi responsável por algumas extinções. A primeira delas, a dos station wagons, perdeu em 2020 mais dois importantes representantes. Outro que está para acabar é a dos hatches médios. Mas até entre os utilitários teve modelo se despedindo. Confiram quem disse adeus durante o último ano.

Fiat Weekend

Com a Weekend, morreu toda uma categoria.

A perua resistiu bravamente, mas acabou chegando ao fim e com ela, um segmento que já foi sonho de consumo dos brasileiros, o das station wagons compactas/médias. O modelo da Fiat não resistiu às novas exigências de segurança e, com a iminência de SUV compacto da marca, teve sua aposentadoria decretada no início do ano.

Volvo V60 

A V60 é outra perua que se foi em 2020.

Outro station wagon que se despediu em 2020. A perua da Volvo saiu de cena por ser vendida apenas na versão T5 a gasolina. A marca decidiu que todos os veículos serão, no mínimo, híbridos. Na Europa até existe a V60 eletrificada, mas a sueca ainda não sabe se irá retomar com a importação ou não, enquanto isso, menos um representante da categoria que conta apenas com Subaru Outback e os Audis A4, RS 4 e RS6 Avant. 

Nissan March

Um SUV substituirá o March, mas apenas em 2022.

O hatch compacto viu o irmão sedã ganhar uma nova geração e a antiga continuar a venda, enquanto ele próprio foi aposentado precocemente. Em um mundo cada vez mais de utilitários, o March dará lugar a um SUV supercompacto previsto para chegar ao Brasil apenas em 2022. 

Mitsubishi Lancer

O Lancer morreu em duas etapas, primeiro na produção e depois nas vendas.

O primeiro sedã da lista tem uma pequena controvérsia. Tecnicamente, ele foi descontinuado no fim de 2019, quando a marca decidiu finalizar a produção. Mas as vendas só foram suspensas oficialmente em janeiro do último ano. O modelo já apontava que os três volumes eram os “próximos alvos” do “extermínio” feito pelos SUVs. 

Hyundai Elantra

O Elantra é outro que ainda pode voltar.

Mais um sedã médio que disse adeus e “ninguém” percebeu. Só que, neste caso, a despedida pode ser apenas momentânea, já que a nova geração foi apresentada lá fora. A Caoa, responsável pela importação dos veículos da Hyundai, ainda não confirmou, ou não, se trará o três volumes, mas rumores apontam que o modelo pode voltar e até ser montado em solo nacional na planta de Anápolis (GO) do grupo. 

Chevrolet Cobalt

O Cobalt perdeu espaço para o Onix Plus e para o Tracker.

Outro sedã que a aposentadoria passou despercebida, talvez não pelos taxistas, maior público do modelo. Com o lançamento do Onix Plus, que cresceu bem em relação ao antecessor, o Prisma, a nacionalização do Tracker e a crise do setor automotivo, o Cobalt teve sua “vida” encurtada e deixou de ser produzido pela GM.

Ford Fusion

O Fusion foi uma das aposentadorias à revelia.

Essa foi uma das aposentadorias à revelia. O Fusion sempre teve boa aceitação no mercado brasileiro, principalmente entre os sedãs grandes. Mas a nova diretriz mundial da Ford em focar em SUVs encerrou a produção do modelo no México, de onde ele vinha. O que acabou impactando nas vendas no Brasil, já que trazer da Europa seria inviável pelo preço. 

Volkswagen Passat

Outro sedã que se despediu do Brasil neste ano.

Outro sedã que saiu de cena e quase ninguém percebeu. Com a repentina alta do dólar, gerada pela crise do coronavírus, e o maior foco em SUVs (a marca vai lançar mais um neste ano), a Volkswagen encerrou a importação do três volumes grande. Deixando a categoria com apenas dois representantes, o Honda Accord e o Toyota Camry. 

Citroën C4 Lounge

A aposentadoria do C4 pode ser só temporária.

O modelo francês produzido na Argentina nunca caiu nas graças do público brasileiro, sempre figurando entre os últimos da categoria. Com a baixa procura e alta do dólar, a marca resolveu suspender a importação, vendendo apenas o que está em estoque. A Citroën afirma que a suspensão é temporária, mas que a retomada levará em conta, entre outros fatores, a evolução do panorama externo. 

Volkswagen Golf

Com o fim da GTE, o Golf morre de vez no Brasil.

Um dos últimos hatch médio vem morrendo aos poucos e chegou de vez ao fim. O modelo era vendido apenas na surreal versão GTE e seus R$ 200 mil. Todas as outras configurações haviam saído de cena em 2019. O modelo nem aparece mais no site da marca. Com isso, a categoria conta agora com apenas um modelo, o Chevrolet Cruze Sport6.

Dodge Journey

O SUV não só parou de ser vendido, como matou a própria marca por aqui.

Até a categoria mais queridinha do momento teve suas baixas. Se bem que não era exatamente uma novidade o Journey chegar ao fim. O modelo vendido aqui ainda era 2018 e a importação só acabou porque a produção chegou ao fim no México, de onde vinha. O grande porém é que, com a aposentadoria dele, a marca também deixa de existir no Brasil, pois não conta com mais nenhum modelo à venda por aqui.

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