Apesar de cair, produção de motocicletas fica acima da expectativa em 2020

Um dos impactos gerados pela pandemia do novo coronavírus foi o fechamento de boa parte da indústria. Inúmeras empresas suspenderam a produção como forma de tentar conter a disseminação do Covid-19. No Polo Industrial de Manaus (PIM), todas as marcas de motocicletas suspenderam as atividades, o que impactou diretamente na produção do setor. 

Mesmo assim, ao final de 2020, a produção de motos no país ficou acima da expectativa, apesar de ter caído 13,2% em relação ao ano anterior. Em 2019, 1.107.758 unidades saíram do PIM, contra 961.986 do ano passado, mas a estimativa era que fechasse em 937 mil. 

Para o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Fermanian, esse desempenho se deve a dois fatores. “Hoje a motocicleta é apontada como um meio de locomoção seguro para evitar a aglomeração do transporte público e se transformou em um instrumento de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega”. 

Sobre os emplacamentos, 2020 fechou com 915.157 unidades, 15% a menos que no ano anterior, que foi de 1.077.234 motocicletas vendidas. A Street foi a categoria mais emplacada com 458.577 unidades licenciadas e 50,1% do mercado. Na sequência vieram a Trail (176.975 unidades e 19,3% de participação) e Motoneta (141.656 e 15,5%). 

Nas exportações, 33.750 unidades saíram do PIM em direção a outros mercados em 2020, queda de 12,6% na comparação com 2019 (38.614). De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, os três principais destinos das motos produzidas no Brasil foram Argentina (11.217 unidades), Estados Unidos (6.692) e Colômbia (5.875).