Acordo entre os grupos PSA e FCA ainda não está concretizado
Os conselhos das duas empresas deram o aval, mas ainda irão formalizar a fusão
A proposta de fusão entre os Grupos PSA e Fiat Chrysler Automobiles (FCA) ainda não está concretizada. No entanto, o acorda avança com o aval dos conselhos de cada conglomerado.
O Conselho de Supervisão da Peugeot e o Conselho de Administração da FCA concordaram de forma unânime em trabalhar em uma combinação completa de seus respectivos negócios na forma de uma fusão 50/50.
Segundo os dois grupos, o memorando de entendimento vinculativo, que será produzido pelos times de cada empresa, deve ser firmado nas próximas semanas.
Se oficializado, o acordo de fusão criará o quarto maior fabricante de automóveis do mundo, com cerca de 8,7 milhões de veículos produzidos anualmente.
A receita combinada da possível nova empresa será de aproximadamente 170 bilhões de euros, com lucro operacional recorrente acima de 11 bilhões de euros.
Copia e cola
O acordo proposto pela FCA à PSA é praticamente idêntico ao apresentado para a Renault no meio do ano. Como no anterior, a empresa matriz será sediada na Holanda e listadas nas bolsas Italiana (Milão), Euronext (Paris) e na de Valores de Nova York.
O Conselho de Administração da nova empresa deve ter representação equitativa e maioria de diretores independentes com 11 representantes. John Elkann (CEO da FCA) seria o Presidente do Conselho e Carlos Tavares (CEO da PSA) o CEO e membro do Conselho.
O interessante é que, quando desistiu da fusão com a Renault, a FCA alegou a instabilidade vivida pela França e pelo fato do país deter parte das ações da francesa.
A questão é que, a PSA não é só francesa também, como o governo local, por meio do Bpifrance Participations, detêm ações da Peugeot-Citroën.
Resta saber se, dessa vez, o acordo será realmente oficializado ou se, com o passar do tempo, “subirá no telhado”. É esperar para ver.