Teste da vez

A concorrência que lute! Vimos de perto os motivos do GM Onix ser ‘rei’

Testamos a melhor forma, a versão Premier, do veículo mais vendido do país há cinco anos

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Chevrolet Onix Premier 2020. Fotos: Geison Guedes/DP.

Há cinco anos, a Chevrolet lidera a venda de veículos com o Onix. O modelo, que tomou o curto reinado do Fiat Palio em 2015 — que havia destronado o Volkswagen Gol um ano antes — vem liderando sem ser incomodado pelos rivais. 

Mesmo assim, a marca resolveu renovar completamente o modelo no fim de 2019. Testamos a versão Premier, a topo de linha, que mostra que o pequeno hatch tem tudo para continuar liderando com folga por muito tempo ainda. Para variar, apenas um ponto depõe contra o Onix, o preço. 

O modelo é o mais vendido do país há cinco anos.

Por ser a versão topo de linha, claramente é a mais cara. Ainda assim, não poderia ser tão salgada. O preço base dela é de impressionantes R$ 78.690. O único opcional é a pintura metálica, por R$ 1.590. O cliente pode escolher entre dois tipos de acabamento interno sem variação do preço. Com isso, o valor final do hatch chega a insanos — para um veículo de entrada — R$ 80.290. 

Para a segunda geração do modelo, a Chevrolet modificou completamente o Onix. Do motor ao tamanho do porta-malas. Da versão anterior, apenas o sistema OnStar, de resto, tudo novo. A Premier, como topo de linha, vem com propulsor 1.0 turbo de 116 cavalos, câmbio automático de seis velocidades e uma lista de equipamentos para lá de recheada. 

Estiloso

Visual ousado e elegante.

Visualmente falando, o Onix mudou completamente. Está certo que visual é muito questão de gosto, mas é inegável que a Chevrolet acertou a mão no hatch. Com a nova assinatura da montadora, o compacto marca uma boa presença na rua com uma grade dianteira e conjunto óptico belamente desenhado. Destaque para o DRL em LED na parte inferior do para-choque. 

A carroceria ainda conta com vincos elegantes. A traseira é mais sóbria, principalmente em relação a dianteira. Mas tem um estilo mais esportivo, graças ao pequeno aerofólio na parte superior da tampa do porta-malas. O “deslize” fica pelas rodas, que quase passam despercebidas em relação ao resto do design do veículo. 

Ele conta com duas opções de dupla tonalidade.

Por dentro, o estilo elegante segue o do exterior. O painel foi muito bem esculpido, principalmente nas versões com opção em dons tons, que passa um ar de veículo superior ao Onix. A central multimídia com tela flutuante conversa muito bem com a cabine. Os bancos, em couro, também são elegantes em dois tons. 

O espaço interno está na dentro da média da categoria. Mas melhorou em relação a geração anterior, afinal, ele ficou 230mm maior. Claro que cinco adultos é quase impossível, mas quatro conseguem viajar com certo conforto. Vale lembrar que se trata de um veículo compacto. O porta-malas está dentro da média da categoria, com 275 litros.

Ágil e econômico   

Estilo agressivo conversa com a pegada mais divertida.

Outro grande diferencial do Onix é a adoção dos motores turbo. A marca, que inicialmente foi resistente a onda do downsizing — propulsores menores e mais potentes –, aderiu praticamente em toda a gama este tipo de caixa de força. O Onix utiliza os menores, 1.0 de 116 cavalos e 16,4kgfm de torque. Para se ter uma ideia, os 1.8 aspirado que a marca ainda usa em outros modelos, geram apenas 108 cavalos.

Acompanha o propulsor turbinado, direção elétrica e câmbio automático de seis velocidades. O único porém do conjunto mecânico fica pelos freios, que são a disco apenas na dianteira, deveriam ser em todas as rodas, afinal, estamos falando de um veículo de quase R$ 80 mil.  

O motor 1.0 turbo trabalha muito bem.

Como tudo no Onix, o conjunto mecânico foi elevado a outro patamar. O modelo é muito esperto. Basta o mais leve toque no acelerador para fazer ele disparar pelo asfalto. O câmbio conta com um pequeno delay, natural para este tipo de transmissão, mas nada que atrapalhe. 

Todas as manobras são feitas com extrema facilidade, das ultrapassagens as retomadas e saídas em velocidade. Os controles de tração e estabilidade ajudam a manter o carro “na mão”, mesmo em curvas de alta o veículo passa uma sensação de segurança ao motorista. 

Durante o teste, o Onix fez excelentes 11,5km/l com etanol.

O câmbio é muito bom, as trocas são feitas com precisão e confortavelmente, sem qualquer tranco. Sentimos falta de alguns detalhes, que não atrapalham em nada no dia a dia, mas que elevariam ainda mais a dirigibilidade. As opções de trocas manuais são na própria alavanca, poderiam ser em borboletas no volante, e ele deveria ter modos “Eco” e “Sport” também.

Falando em modo “Eco”. O Onix está muito econômico. Durante nosso teste, ele marcou, em média, 11,5km/l, mas com etanol. É praticamente o consumo de muito veículo com gasolina. Vale lembrar que, em Brasília, com ruas mais largas e planas, o consumo é sempre mais próximo do voltado para estrada do que para cidade. 

Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix é heptacampeão de vendas. Fotos: Geison Guedes/DP e Montadoras.
Chevrolet Onix Premier 2020.
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Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020. Fotos: Geison Guedes/DP.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.
Chevrolet Onix Premier 2020.

Mesmo assim, o número é muito bom. O que nos faz pensar que, com gasolina, ele fique em médias próximas aos 20km/l. Inclusive, há relatos de proprietários fazendo, 18, 19km/l sem esforço. O que mostra que a Chevrolet acertou em cheio na nova motorização. 

Mais que completo

O modelo conta uma extensa e completa lista de equipamentos.

O novo Onix é caro, principalmente na sua versão topo de linha, a Premier, isso é um fato. No entanto, pelo menos a Chevrolet resolveu recheá-lo com muitos equipamentos. O que pode até compensar o preço elevado. Além do bem encaixado conjunto mecânico, os itens são bem interessantes. 

Vamos começar com os básicos, para um veículo nesta faixa de preço. Ele vem com ar-condicionado digital, vidros, travas, retrovisores e direção elétricos, central multimídia com tela de sete polegadas e três portas USB (sendo duas voltadas para traseira), chave presencial para abertura das portas e partida do motor e sensor crepuscular, poderia ter de chuva também.

Luz de circulação diurna em LED é só um dos destaque do Onix.

Na parte da segurança, ele conta com controles de tração e estabilidade, luz de circulação diurna e lanternas em LED, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, câmera de ré, auxiliar de partida em rampa, piloto automático e monitoramento de pressão dos pneus.

Entre os destaques, carregador por indução de smartphones, sistema wi-fi nativo com capacidade de conectar até sete aparelhos (é necessário aderir a um pacote de dados), alerta de ponto cego, seis airbags e auxiliar de estacionamento automático — o carro faz as manobras de estacionamento sozinho, o motorista precisa controlar apenas acelerador e freio.  

A opinião do Diário Motor

Renovado, o “rei” ainda deve permanecer muito tempo com a coroa.

É inegável que o Onix elevou muito o sarrafo da categoria. Claro que, por isso, a marca acaba pedindo mais por isso. E, normalmente, carro é uma coisa cara no Brasil, imagina um tão bem equipado. Mesmo assim, o maior problema dele é exatamente este, o preço. 

No mais, o carro se sai muito bem, principalmente no conjunto mecânico. Com boa potência, o motor é esperto e econômico, mesmo quando abastecido com etanol. A dirigibilidade é muito boa, divertida e segura graças aos auxiliares. O porém fica pela ausência de freios a disco na traseira. 

 

Chevrolet Onix Premier 2020.

Mesmo com a liderança folgada de todo o mercado, emplacando mais que o dobro do segundo colocado em 2019, a Chevrolet viu que precisava dar um fôlego novo ao Onix e acertou em cheio. O hatch ficou muito bom e, mesmo os pequenos deslizes, não jogam contra. Vale a compra! Nota: 9,5.

Ficha Técnica

 

Motorização turbo é só um dos destaques do hatch.

Motor: 1.0 turbo

Potência máxima: 116cv 

Torque máximo: 16,8kgfm 

Transmissão: automática de 6 velocidades

Direção: elétrica

Suspensão: independente na dianteira e semi-independente na traseira

Freios: a disco na dianteira e tambor na traseira

Porta-malas: 650kg 

Dimensões (A x L x C x EE): 1.476 x 1.731 x 4.163 x 2.551mm 

Preço: R$ 78.690

 

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