Chega de intervenção

Líder do governo diz que STF extrapola limites e defende que o Legislativo equilibre harmonia

Ricardo Barros afirma que o Judiciário tem "avançado muito" nas prerrogativas dos outros poderes

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Deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara - Foto: reprodução de imagens da Rádio Bandeirantes no Youtube.

Ricardo Barros durante entrevista à Rádio Bandeirantes.

O novo líder do Governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), criticou nesta quinta-feira (13) as seguidas demonstrações de “exacerbação de poder” do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o Poder Judiciário tem “avançado muito nas atribuições do Executivo e do Legislativo”.

Político experiente, já no sexto mandato de deputado federal, Ricardo Barros fez questão de enfatizar que suas críticas ao comportamento do Judiciário representam sua posição pessoal, e não do governo. Ele fez as declarações durante entrevista à Rádio Bandeirantes.

Para ele, o Judiciário “não tem a humildade de entender que determinadas matérias não são da sua atribuição e que portanto devem ser arquivadas prontamente.”

“É evidente que não cabe ao Judiciário decidir se o presidente tem ou não que usar máscara ou se deve ser feita uma nomeação pelo presidente da República”, afirmou. “São poderes estanques, mas o Judiciário tem avançado muito.”

Legislativo deve agir

Na opinião de Barros, o Poder Legislativo precisa adotar medidas contra isso. “Não tem por que o Poder Legislativo não deixar claro esse limite”, enfatizou, “nós temos, sim, que equilibrar a harmonia entre os poderes.”

Ele lembrou o caso em que a União foi condenada a indenizar o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, em razão de ofensas proferidas pelo ministro Gilmar Mendes, do STF. “Ora, a União não tem que pagar para o Dallagnol, tem que pagar para a União”, disse ele.

Agenda de privatizações

O novo Líder do Governo defende a retomada da agenda de privatizações. Ele disse ser fundamental que o país reduza o tamanho do Estado, e não apenas vendendo estatais.

Barros lembrou que o governo tem inúmeros imóveis que representam despesas e também precisam ser vendidos.

No caso das estatais, ele ressalta que na médias essas empresas usam cerca de 80% do orçamento apenas para pagar funcionários.

Ainda de acordo com o novo líder do governo na Câmara, os Correios e a Eletrobrás estarão entre as prioridades das privatizações. Ricardo Barros vai assumir o posto formalmente na semana que vem no lugar do deputado Major Vitor Hugo, do PSL.

Ele foi entrevistado por Claudio Humberto, Thays Freitas e Pedro Campos, no Jornal Gente da Rádio Bandeirantes.

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