STF passou do ponto

General Heleno vê pedido de apreensão de celular de Bolsonaro como “inacreditável”

Ministro do GSI disse que se trata de uma tentativa de comprometer a harmonia e pode ter "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional"

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Augusto Heleno foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e um dos conselheiros mais próximos a Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR.

O ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno, afirmou ser “inconcebível e, até certo ponto, inacreditável” o pedido de apreensão do celular do presidente da República, Jair Bolsonaro, feito pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Heleno, a atitude é uma “afronta” e uma “interferência inadmissível de outro Poder” na privacidade do presidente Jair Bolsonaro e na “segurança institucional do País”. Em nota, o general alertou que se trata de “uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

A iniciativa de Celso de Mello fez a alegria dos críticos de Bolsonaro e à oposição, mas causou estranheza generalizada no meio jurídico por não estar dentro das competências de nenhum magistrado.

Para a procuradora da República Thaméa Danelo, tais pedidos normalmente são feito pelos órgãos investigadores e apenas autorizadas ou não pela justiça. “Não cabe ao juiz determinar investigações, determinar diligências porque esse não é o papel do Judiciário”, disse.

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