Lorota em vertigem

‘Documentário de ficção’ brasileiro perde, e filme dos Obama leva o Oscar

Herdeira de empreiteira da Lava Jato diz que fatos distorcidos em seu filme são 'visão pessoal'

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A "documentarista" contando uma de suas lorotas sobre Bolsonaro, durante entrevista à TV pública PBS, dos Estados Unidos, em campanha para tentar ganhar a estatueta.

À falta da categoria de “documentário de ficção”, no Oscar, até porque o gênero não existe, o “documentário” Democracia em Vertigem da herdeira milionária Petra Costa, contrariou as expectativas geradas por setores ligados ao PT e acabou derrotado.

O documentário vencedor, American Factory, da diretora Julia Reichert, considerado o favorito desde as indicações, foi produzido pelo ex-presidente norte-americano Barack Obama e sua mulher, Michelle. Ao receber a estatueta, Reichert repetiu uma frase do “Manifesto Comunista”: “Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos”.

Em seu “documentário”, a diretora brasileira distorceu os fatos, para dizer o mínimo, sobre a derrocada dos governos do PT em razão dos escândalos de corrupção, e ainda criou versão fantasiosa para impeachment de Dilma Rousseff. Quando confrontada com as inverdades do seu “documentário”, a diretora sempre alegou que seu vale-tudo particular era apenas “uma visão pessoal” sobre o tema.

Herdeira milionária da empreiteira Andrade Gutierrez (é neta de um dos fundadores, Gabriel Andrade), enroladíssima na Lava Jato, ela se apresenta como “de esquerda” e sugere em seu filme que a ex-presidente Dilma foi derrubada pelos bancos, que não aceitariam sua decisão de reduzir os juros.

Pedra Costa esconde o fato de que Dilma insistiu no convite para que o presidente do Bradesco, maior banco privado brasileiro, Luiz Carlos Trabuco, assumisse o Ministério da Fazenda. Também escondeu que, diante da recusa, Trabuco foi solicitado por Dilma a indicar alguém para o cargo, e por essa razão o então diretor superintendente do mesmo Bradesco, Joaquim Levy, virou ministro da Fazenda do governo petista.

Em sua rica campanha para tentar se habilitar ao Oscar, a documentarista brasileira concedeu entrevistas nos Estados Unidos que causara estupefação. Em um talk show na PBS, emissora pública, ela relata fatos e pinta os quadro do Brasil e dos brasileiros tão fantasioso quanto seu filme derrotado na disputa.

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