"Estupro culposo"

Corregedora do CNJ decide investigar juiz do caso Mariana Ferrer

Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, permitiu agressões verbais à vítima de estupro

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A corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ministra Maria Thereza de Assis Moura, autorizou abertura de investigação da conduta do juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, durante audiência do caso de Mariana Ferrer, que denunciou um crime de estupro, mas foi covardemente agredida verbalmente pelo advogado de defesa do empresário André de Camargo Aranha.

Segundo Henrique Ávila, conselheiro do CNJ, que pediu a investigação, há elementos claros de “tortura psicológica” que foram negligenciados pelo magistrado. “As chocantes imagens do vídeo mostram o que equivale a uma sessão de tortura psicológica no curso de uma solenidade processual”, afirmou.

Ávila salientou que a vítima pediu que o juiz impedisse a continuidade dos atos afirmando que aquele tratamento não era digno nem aos acusados de crimes hediondos. “O magistrado, ao não intervir, aquiesce com a violência cometida contra quem já teria sofrido repugnante abuso sexual”, diz o conselheiro no pedido.

O empresário André de Camargo Aranha é acusado de ter estuprado a promotora de eventos Mariana Ferrer em um bar de Florianópolis (SC) em 2018, quando Mariana tinha 21 anos. Ele foi absolvido com uma definição inacreditável de “estupro culposo”, quando não se tem a intenção de estuprar.

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