Discurso polêmico

Bolsonaro diz que não negocia cargos e que ‘acabou a época da patifaria’

Alvo da indignação do presidente, Rodrigo Maia acha que ele defende a 'ruptura'

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Após afirmar que “não queremos negociar nada”, referindo-se à pressão para entregar cargos em troca de apoio político, o presidente Jair Bolsonaro afirmou a manifestantes pró-intervenção militar que o Brasil pode contar com ele para fazer tudo aquilo que for necessário para manter a democracia e garantir o que a de mais sagrado, a nossa liberdade”.

Apesar disso, opositores de Bolsonaro viram em seu discurso a pregação da “ruptura democrática”, no discurso que fez em uma camionete diante do quartel-general do Exército.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia entendeu o discurso de Bolsonaro como lhe covinha. Afirmou que é uma “crueldade imperdoável com  as famílias das vítimas” pregar uma ruptura democrática em meio às mortes da pandemia da covid-19. Não foi exatamente o que Bolsonaro afirmou desde quando, esta semana, passou a criticar Maia pela sequência de projetos que fez aprovar que custarão ao País mais de R$1 trilhão.

‘Acabou a época da patifaria’
“Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, declarou o presidente, que participou pelo segundo dia seguido de manifestação em Brasília. “Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.”

Para o presidente “todos têm que ser patriotas, acreditar e fazer sua parte para colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder. Mais que direito, vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês”.

“O que tinha de velho ficou para trás. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos no Brasil têm que entender que estão submissos à vontade do povo brasileiro”, disse. “Contem com o seu presidente para fazer tudo aquilo que for necessário para manter a democracia e garantir o que a de mais sagrado, a nossa liberdade”, completou o presidente.

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