"Correu para a imprensa"

Bolsonaro acusa Dória de distorcer informações e reitera que não comprará vacina chinesa

Presidente disse que governador "correu para a imprensa" divulgando um acordo que não passou por ele e que, se foi feito, será cancelado

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Bolsonaro no corpo-a-corpo com a imprensa: sem porta-voz, ele sempre leva a pior - Foto: Marcos Corrêa/PR.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, descartou qualquer protocolo de intenções firmado junto ao laboratório SinoVac para compra de vacinas contra o coronavírus, ao menos por enquanto.

Segundo Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria, distorceu os fatos de uma videoconferência feita com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e “correu para a imprensa falar que ele havia assinado um protocolo para aquisição de vacina chinesa”.

“Nada será dispendido agora para comprarmos uma vacina chinesa que parece que nenhum país está interessado nela”, disse. Bolsonaro afirmou que, se o acordo foi feito, já mandou Pazuello cancelar. ” O presidente sou eu e não abro mão da minha autoridade”.

O presidente lembrou que a parceria com a Universidade de Oxford não foi apenas para comprar vacina. “Destinamos recursos para Oxford, não para comprar a vacina apenas, mas para participar da pesquisa e desenvolvimento, e com uma cota de uma quantidade de vacinas para nós”.

Bolsonaro repudiou a fala de Doria afirmando que obrigaria os habitantes de São Paulo a tomar a vacina. “Isso é uma atitude autoritária que dispensa comentários”. “O Programa Nacional de Imunização (PNI), aí incluídas as vacinas obrigatórias, compete ao ministro da Saúde”, explicou.

Terrorismo

O presidente classificou a atitude de Dória como “última cartada” para ganhar popularidade e disse que a população está cansada de terrorismo.

“Eu acho que a população já está por demais inalada com um discurso de terrorismo, desde o início da pandemia, chega. Os números têm apontado que a pandemia está indo embora, agora perseguimos a vacina”.

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