Rússia é o primeiro país a registrar vacina contra Covid-19, mas sob suspeita
Sem publicação do resultado dos testes ou dados de pesquisa, vacina russa é colocada em cheque
O presidente russo Vladimir Putin anunciou, nesta terça-feira (11), que o país se tornou o primeiro a registrar uma vacina contra a Covid-19. Apesar de declará-la pronta para uso, a comunidade científica coloca em cheque a eficácia do imunizante, pois não houve a publicação dos dados de pesquisa empregados nos testes.
Putin garantiu a eficácia da vacina e disse que uma de suas filhas recebeu a dose com sucesso. Neste primeiro momento, a imunização será destinada médicos, professores e outros profissionais que mantém extenso contato com grandes públicos. A vacinação será gratuita e começará a ser efetivada já em outubro.
Processo
Segundo protocolos internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas devem passar por três fases de testes. As demais pesquisas mais importantes em torno da vacina contra o novo coronavírus estão na última fase de testagens e, segundo o último levantamento no site da OMS, do dia 31 de julho, a vacina russa ainda estava na primeira.
A terceira fase do processo, segundo a OMS, é a mais importante. Neste momento, é que se comprova a eficácia em massa das doses de imunização. Apesar das críticas, Putin afirma que a vacina russa é totalmente eficaz.