Em Portugal, políticos e membros do governo socialista poderão furar a fila da vacinação
Já os professores, que pediram prioridade, o governo alega que "não há vacinas disponíveis"
O coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, Francisco Ramos, informou que políticos e autoridades definidas como “figuras soberanas do Estado”, incluindo magistrados e integrantes do ministério público, ganharão “acesso prioritário” a imunização.
Ramos anunciou que o governo do Partido Socialista, chefiado pelo primeiro-ministro Antonio Costa, garantirá “acesso prioritário” a vacinação aos principais líderes e também o próprio governo. “É essencial estarem protegidos”, disse o integrante do governo.
Quanto aos professores, que pressionam pelo direito de furar a fila, o coordenador explicou que há “não há vacinas disponíveis e temos de fazer escolhas”. As afirmações foram feitas durante entrevista ao semanário Expresso, o mais importante jornal português, na edição que circula nesta sexta-feira (22). A notícia foi destaque também em um dos principais portais de notícias de Portugal, o sapo.pt.
Francisco Ramos confirmou que a Direção-Geral da Saúde (DGS), equivalente a um Ministério da Saúde, já fez a proposta que privilegia políticos e autoridades e que o governo trabalha.
“Os titulares de altos cargos inserem-se aqui. Mas não só”, disse Ramos, revelando que podem ser incluídos também bombeiros que trabalham com doentes (cerca de 16 mil), Forças Armadas (que estejam na primeira linha da luta contra a pandemia) e forças de segurança.