Regalia indecorosa

Senado some com projeto que acaba plano de saúde vitalício e ilimitado de senadores

Dois anos depois, proposta do senador Reguffe, que prevê extinção de regalia, não tem nem relator

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O senador Reguffe, que recusa carro oficial, chega ao trabalho no Senado ao volante do seu "possante" Fiat Mobi. (Foto: Diário do Poder)

Está há quase dois anos trancado em uma gaveta da Coordenação de Apoio à Mesa do Senado o projeto do senador Antonio Reguffe (Podemos-DF) extinguindo o pornográfico plano de saúde que beneficia senadores, ex-senadores, cônjuges e filhos e enteados de até 33 anos. Tudo bancado pelos pagadores de imposto. A regalia já consumiu mais de R$80 milhões. Protocolado em 2018, o projeto de Reguffe até hoje nem sequer teve designado um senador-relator. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O plano de saúde dos senadores, pago pelos brasileiros, não tem paralelo nem no mercado privado: é sem limite de despesas e vitalício.

Bastam 180 dias de mandato para um senador ganhar plano de saúde vitalício completíssimo, que prevê até tratamentos no exterior.

O plano de saúde indecente paga médicos, hospitais, exames, dentistas e ainda faz ressarcimento de quaisquer despesas com saúde.

Ao assumir mandato, em 2015, Reguffe abriu mão do indecoroso plano de saúde. “Senadores devem custeá-lo por conta própria”, diz ele.

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