Memória de um atentado

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Véspera de Finados de 1980. Palmira e Isis, mãe e filha, foram ao cemitério São João Batista, no Rio, visitar o túmulo de uma parente querida, d. Lyda Monteiro, secretária da OAB assassinada no Rio por uma carta- bomba. “O sr. conheceu Lyda?”, perguntaram a um homem que encontraram lá. “Não, não”, respondeu ele, nervoso, “eu me emocionei com o caso…”. Seis meses depois, lendo o noticiário sobre o ato terrorista do show do Dia do Trabalho, no Riocentro, elas reconheceram o homem que morreu no atentado, por “acidente de trabalho”. Era aquele que surpreenderam diante do túmulo de d. Lyda: o sargento Guilherme Pereira do Rosário.

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