Mão no desperdício

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Espremidos no banco de trás do carro oficial, Tancredo Neves e mais três parlamentares jogavam conversa fora. Falavam sobre a importância do sexo na vida do homem. Um deles não se sentia à vontade com o assunto: era uma deputada correligionária do então governador de Minas, conhecida pelo número avantajado do sapato. O papo prosseguiu e a moça só ouvia os comentários libidinosos dos políticos. Percebendo que ela não estava mesmo à vontade, Tancredo colocou a mão delicadamente sobre suas pernas e suspirou, como um lamento: “Ah, menina… já pensou se eu pudesse e se você gostasse?”

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