Como enganar o vice

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Prestes a viajar ao exterior, o presidente Juscelino Kubitschek foi advertido pelo seu ministro da Casa Civil, Antonio Balbino: atos pendentes seriam assinados pelo vice, João Goulart. O mais importante era o preenchimento de uma ambicionada vaga de tabelião de notas no Rio de Janeiro. JK pediu uma lista telefônica de Curitiba, correu os dedos numa página qualquer e se fixou num nome repleto de consoantes. Acrescentou outras e ordenou: “Faça o ato de nomeação desse sujeito aqui.” O ministro estranhou: “Mas, presidente, ninguém vai encontrar essa pessoa para a posse…” JK sorriu, mineiramente: “Exato. Quando eu voltar, revogarei o decreto e nomearei outro.”

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