A dona da voz

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Interventor em Minas, Benedito Valadares era apaixonado pela voz melodiosa de uma locutora de Belo Horizonte, como lembra o escritor Petrônio Souza. Mas se a voz era bonita, a moça era feia de dar dó. Como a paixão é cega, os assessores de Valadares resolveram promover um encontro da locutora com o fã ilustre. Foi um desastre: ao ser apresentado à moça, no Lacmè, antigo “point” político e cultural da cidade, a paixão de Valadares parece ter entrado em estado de choque. Ele apenas balbuciou: “É este fantasma que tem aquela voz maravilhosa?” A pobre locutora morreu com raiva do fã que preferia não tê-la conhecido.

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