A arte do enfrentamento

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Tancredo Neves sustentava nos anos 1980, em palestra a estudantes, que às vezes o enfrentamento é necessário. Contou que era vereador em São João Del Rey, e, atacado, escreveu uma furiosa carta de três páginas para o adversário. “Qual foi a reação dele?”, perguntou um rapaz. “Ah, não mandei. No dia seguinte reduzi para uma página.” A curiosidade aumentou: “E como ele reagiu?” Tancredo: “Não mandei a carta. Achei melhor transformá-la em bilhete.” O rapaz ficou ainda mais curioso: “Ele ficou irritado?” Tancredo contou que não mandou o bilhete: “Optei por um telegrama.” Os garotos já se impacientavam: “E como ele reagiu ao telegrama?”, gritou um deles. Tancredo entregou: “Pensei bem e vi que aquilo era bobagem. E joguei-o no lixo.”

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