Metade dos "recordes"

Pico da pandemia no Brasil foi em 12 de maio, com 670 mortes confirmadas

Briga pela audiência e guerra ideológica faz noticiário ignorar dados exatos sobre óbitos

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Internação hospitalar. Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A briga pela audiência e a guerra ideológica, que permeiam o noticiário, tem sonegado dos brasileiros o número de óbitos de fato ocorridos a cada dia. O noticiário prefere destacar “mortes nas últimas 24 horas”, uma mentira, quando na verdade inclui óbitos de outros dias confirmados naquela data. Os brasileiros não foram informados, por exemplo, que, segundo o mais recente boletim sobre as datas de óbitos, à disposição de interessados no Ministério da Saúde, revela que o pico foi registrado em 12 de maio: 670 mortes, menos da metade do total alardeado. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Veja o gráfico do Ministério da Saúde mostrando os números segundo as datas de óbitos:

Eduardo Macário, do Ministério da Saúde, diz que os 1.381 óbitos de quarta-feira ocorreram ao longo de 60 dias, sendo 245 em 72 horas.

A dificuldade de país continental como o Brasil aparece no detalhe: uma morte confirmada em 3 de junho ocorreu na verdade dia 31 de março.

O gráfico de mortes por data mostra que a curva de letalidades tem diminuído e a capacidade de resolução de casos antigos aumentado.

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