Entenda certas 'notícias'

Citar ‘generais do governo’ é truque para dar aparência de fatos a fantasias

Em outros tempos, as histórias sem fundamento eram atribuídas a 'fontes palacianas'

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"Generais" são usados para confirmar fantasias de jornalistas sem fontes. Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Jornalistas sem fontes, em Brasília, sempre atribuem “aos generais” suas fantasias, sem confirmá-las com fatos. A última é que o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) “perdeu o apoio” dos generais para ficar no cargo. Nunca houve esse apoio. Tampouco foi necessário “aval” militar para qualquer ministro. Militares batem continência, reverenciam a hierarquia, obedecem ao superior. E o chefe de todos é Jair Bolsonaro. Só debiloides supõem militares com Mandetta contrariando o presidente. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Desde o início, generais que Bolsonaro respeita e ouve, como o ministro Augusto Heleno (GSI), apoiam sem hesitações a demissão de Mandetta.

Os generais Ramos (Governo) e Braga Netto (Casa Civil), de olhar mais político, apenas tentam poupar Bolsonaro da crise e de outro adversário.

A cobertura juvenil ignora que generais só dão opiniões se solicitados, e Bolsonaro nunca as solicita: considera-os todos inexperientes em política. Certa vez, ao ouvir do general Heleno uma rara ponderação sobre política, o presidente respondeu: “O senhor entende de estratégia militar, general; de política, entendo eu”. A premissa vale para todos os demais.

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