Contra-ataque

Arma russa teria interceptado na Síria 71 dos 103 mísseis dos EUA

Baterias antiaéreas derrubam até 24 mísseis de cruzeiro

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Para interceptar mísseis lançados pelos EUA no ataque de sexta, os sírios usaram baterias antiaéreas Pantsir 51, como esta.

O governo da Síria garanter haver interceptado 71 dos 103 mísseis lançados contra o país, na sexta-feira (13), numa retaliação dos Estados Unidos e seus aliados Reino Unido e França ao suposto uso, pelas forças do ditador Bashar al-Assad, de armas químicas contra civis na cidade síria de Douma, matando cerca de 40 pessoas.

Para interceptar os mísseis, os sírios usaram o novo sistema de mísseis Buk-M2, adquirido à Rússia, capaz de atacar simultaneamente quatro alvos diferentes. Cada divisão é capaz de derrubar até 24 mísseis de cruzeiro ou até 40 mísseis.

A Síria adquiriu ainda o sistema Pantsir-S1 – o mesmo que o diplomata Celso Amorim tentou, incansavelmente, comprar enquanto era ministro da Defesa. De acordo com informações do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, o negócio era estimado em US$1 bilhão, R$3,2 bilhões em valores atualizados. Pelo equipamento ser incompatível com o sistema militar brasileiro, as Forças Armadas eram contra a aquisição.

Apesar de não possuir uma antena muito elevada, o Pantsir-S1 tem um tempo de reação curto, conseguindo neutralizar um míssil de cruzeiro a curta distância. Os sistemas russos S-300 e S-400 teriam ainda detectado os mísseis lançados pelos EUA, recolhendo informações para análise.

Os Estados Unidos negaram as interceptações por parte da Síria. O Pentágono afirmou que os três alvos principais foram atingidos: um suposto centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém e uma base de armas químicas, na cidade de Homs.

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