Parceria suspeita

ANP retarda regulamentação da venda direta para atender atravessadores

Conselho Nacional de Política Energética autorizou, mas ANP só vai "analisar" em outubro

acessibilidade:
A serviço dos atravessadores, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) obriga mais de 400 produtores a venderem etanol a três distribuidoras, encarecendo o o preço para o consumidor final.

O presidente Jair Bolsonaro até comemorou, com um post, a publicação nesta quarta-feira (1º) da resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizando a venda direta de etanol aos postos, sem passar pelas distribuidoras, que têm papel meramente atravessador no mercado de combustíveis. O problema é que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) precisa regulamentar a decisão. Mas, sob suspeita de submissão às ricas distribuidoras: decidiu analisar o tema só em outubro. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Indagada ontem sobre por que adiar a regulamentação da venda direta por 4 meses, a ANP respondeu com um vago “os estudos continuam”.

A ANP informou que em janeiro realizou workshop sobre venda direta com “agentes de mercado”, e só citou distribuidoras na confraternização.

Essa relação da ANP deveria ser investigada. Desse casamento suspeito nasceu o “cartório” obrigando as usinas a trabalhar para distribuidoras.

A Constituição garante a livre concorrência, mas a regra não vale para usinas, obrigadas pela a ANP a entregar todo o etanol às distribuidoras.

Reportar Erro