Sem estados privilegiados

Zema adverte: vacinação só em SP pode tumultuar. E pede coordenação federal

Governador de Minas lembra que o ministério sempre realizou vacinações bem-sucedidas

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Romeu Zema, governador de Minas Gerais, quando concedida entrevista à Rádio Bandeirantes - Foto: redes sociais.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, voltou a criticar nesta sexta-feira (11) a atitude do governo de São Paulo de promover a vacinação contra covid-19 dissociada de uma estratégia nacional.

“Devemos ter um plano nacional” advertiu Zema, “até porque a não adoção dele poderia significar tumulto.”

O governador mineiro lembrou que, até hoje, “todas as campanhas de imunização, muito bem sucedidas, foram coordenadas pelo Ministério das Saúde”.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde é referência mundial em campanhas de vacinação e já recebeu diversos prêmios internacionais.

Ele pondera que “se alguma cidade, algum estado, tiver um ‘timing’ ou um tempo diferente, com toda certeza, parte da população seria privilegiada e parte prejudicada.”

“Espero que essa coordenação não fuja da esfera federal”, disse o governador durante entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.

Durante entrevista a outra emissora, que viralizou há alguns dias, Zema criticou abertamente o colega de São Paulo, João Doria: “Há governador dizendo que tem vacina, mas não tem nem seringa!”, ironizou.

Casos aumentam

Durante a entrevista desta sexta-feira, Zema disse que, em Minas Gerais, os números mostram que a pandemia não está no “finzinho”, como afirmou o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta (10) em sua live.

Segundo o governador mineiro, a doença continua avançando, sim, e o crescimento é “expressivo”.

Os casos de covid confirmados em Minas se aproximam de 450 mil e mais de 10 mil pessoas já morreram.

O governador Romeu Zema foi entrevistado pelos jornalistas Thays Freitas e Pedro Campos e Claudio Humberto.

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