Amazonas

Corregedoria afasta promotor que comparou advogada a cadela

Nascimento nega que tenha tido a intenção de ofender a advogada

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Promotor Walber Nascimento

O corregedor nacional do Ministério Público, Oswaldo D’Albuquerque, ordenou, na última segunda-feira (18), o afastamento cautelar do promotor de Justiça Walber Nascimento do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), depois dele ter comparado a advogada Catharina Estrella Ballut a uma “cadela”. 

Durante julgamento ocorrido na 3ª Vara do Tribunal do Júri do Amazonas na última quarta (13), a advogada Catharina de Souza Cruz Estrela acusou o promotor de Justiça de ofendê-la. 

De acordo com a advogada, durante o combate entre defesa e acusação, o magistrado se referiu a ela como “cadela” mais de uma vez. A advogada pediu imediatamente para que fosse registrada em ata as ofensas proferidas. 

Nascimento argumentou que a comparação era dirigida à cadela e não à advogada. “Comparar vossa excelência a uma cadela é, de fato, ofensivo, mas não à vossa excelência e sim à cadela”, afirmou ele. 

“O juiz nada fez e eu não me manifestei no momento. Ele foi extremamente omisso. O CNJ [Conselho Nacional de Justiça] tem um protocolo de gênero. Ele não podia ter deixado aquilo acontecer. Ele deveria ter advertido o promotor de justiça”, argumentou Catharina em relação à postura do juiz que presidia o julgamento. 

O promotor publicou a nota do MP-AM (Ministério Público do Amazonas) na sua conta pessoal do Instagram, que dizia: “São trinta e dois anos de carreira como Promotor de Justiça e nunca foi demandado por ter ofendido ou destratado qualquer colega advogado. Não vou me curvar a tentativas, seja de quem for, de denegrir a minha conduta profissional. Vou tomar as medidas judiciais cabíveis contra todos que criaram essa narrativa de que eu ofendi uma colega advogada no plenário do Tribunal do Júri. Sigo exercendo meu mister pautado pelo respeito a todos os envolvidos nos processos judiciais, sejam partes, advogados, defensores, juízes, servidores, estagiários ou auxiliares da justiça”. 

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