Lira diz não se sentir atingido por operação da Polícia Federal
Ação investiga ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Luciano Cavalcante, por suposto esquema de lavagem de dinheiro e fraude em contratos licitatórios
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (1º) que não se sentiu “atingido” pelas investigações de uma operação da Polícia Federal que chegaram em seu ex-assessor, Luciano Cavalcante.
A ação da PF em Alagoas investiga um grupo suspeito de desviar R$ 8 milhões e fraudar contratos de equipamentos e kits de robóticas oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Cavalcante é um dos alvos da operação.
O ex-assessor de Lira é servidor da Câmara dos Deputados e um dos nomes de maior confiança do presidente do órgão. Além disso, Cavalcante foi indicado por Lira para ocupar a liderança do PP na Casa.
“Eu não tenho absolutamente nada a ver com o que está acontecendo […]. Não me sinto atingido”, disse em entrevista à Globo News.
A operação da PF foi deflagrada na manhã desta quinta-feira e cumpriu 27 mandados de busca e apreensão: 16 em Maceió (AL), 8 em Brasília (DF), 1 em Gravatá (PE), 1 em São Carlos (SP), e 1 em Goiânia (GO).
A corporação também investiga transações financeiras da empresa Megalic, de um aliado de Lira, e vencedora de licitações de contratos para a venda dos equipamentos.
Segundo a PF, uma das suspeitas é que Luciano e a mulher, Glaucia, possam ter se beneficiado com valores desviados dos contrato de compra, custeados, em parte, com verbas de emendas do relator.