Amor em tempos de Covid

Voluntários doam mais de 21 toneladas de alimentos no Distrito Federal

Há dois meses o Corrente de Solidariedade DF distribui cestas básicas para quem perdeu o emprego

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As entregas ocorrem sempre nas quintas e domingos, e os voluntários que levam as cestas básicas, voltam recarregados de amor

Em plena pandemia do coronavírus, há dois meses, um grupo de voluntários se encontra duas vezes por semana para levar alimento e esperança para quem precisa. No Distrito Federal o grupo Corrente de Solidariedade DF já distribuiu 21,9 toneladas de alimentos, auxiliando mais de 7361 pessoas.

O grupo já percorreu os quatro cantos do “quadradinho”, distribuindo 1841 cestas básicas em 27 regiões administrativas, tanto do  Distrito Federal como na região do Entorno, as ações ultrapassaram as fronteiras dos  estados de Goiás e Minas Gerais. Nesse período foram atendidos 113 coletivos.

Todo esse trabalho teve início em março, assim que o comércio foi fechado, atitude fundamental para o controle da disseminação do vírus, porém, fato que gerou uma onda de desemprego e dificultou o suprimento de muitas famílias.

O coordenador do Corrente de Solidariedade, o psicólogo Rubens Bias, conta que o movimento para doações de cestas ocorreu de uma forma muito espontânea. A ideia para a iniciativa das doações, ocorreu depois de relatos de duas amigas de Rubens que trabalhando no comércio ficaram sem seus empregos. Alguns dias depois, uma outra amiga do psicólogo lhe procurou, pois tinha três cestas para doar, mas não sabia para quem. “Ela me procurou para buscar uma orientação, acreditava que como conheço muitas pessoas, poderia saber de alguém”, conta Bias.

Desde então, essa corrente só vem crescendo, atraindo outras pessoas sensibilizadas com o atual cenário e dispostas a fazer o bem ao próximo. Como é o caso da orientadora educacional Mônica Tatiana Silva, que trabalha com voluntariado a bastante tempo e sentiu o chamado de ajudar nesse trabalho. ” Eu me interessei bastante, por causa do momento que estamos passando. Devido a quarentena, o comércio fechado, muitas pessoas desempregadas, então eu senti que poderia fazer alguma coisa por essas pessoas”.

A pedagoga Liliana Cardoso Silva conta que sempre pensou em trabalhar com o voluntariado na ideia de educação, com alfabetização, mas o surgimento do projeto mudou a sua forma de olhar o mundo a seu redor.”Eu penso que dificilmente é possível passar por um projeto como o Corrente de Solidariedade e não ser tocada de alguma forma”.

São eles mesmos que pesquisam os preços das cestas, realizam as compras, carregam os carros e vão realizar as entregas nas diversas regiões do DF e Entorno. “Mesmo nos dias mais cansativos, quando você chega em casa, você vai renovando a esperança de poder dar continuidade na ajuda ao próximo. Isso é um processo de transformação. Você vai se energizando de alguma forma, a cada entrega feita, a cada doação, você já vai pensando no próximo dia, em quais serão os locais atendidos”.

As entregas ocorrem sempre nas quintas e domingos, e os voluntários que levam as cestas básicas, voltam recarregados de amor.”Eu sinto uma alegria muito grande quando vou a casa das pessoas, escuto a história de vida delas, cada um tem algo para nos transmitir, ou com palavras, ou com gestos, nós sempre recebemos alguma coisa”, conta Mônica.

Todo esse movimento conta com ajuda, direta e indireta, de muitas pessoas. Cada uma contribuindo como pode, seja com doações e dinheiro, em cestas básicas, ou até mesmo na realização das entregas. Se você também deseja colaborar. Ajude o Corrente de Solidariedade a continuar ajudando. Doe: Conta do Corrente de Solidariedade:  Rubens Bias Pinto, CPF: 308.360.478-50- Nubank (Nu Pagamentos SA. banco número 260)
Ag 0001- CC 65369116-5. Comprovante de depósito: (61)981186296

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