Famílias em risco

Vítimas de tremores em Maceió terão ajuda humanitária para deixar imóveis danificados

Defesa Civil cadastra famílias para receber auxílio moradia concedido pelo Governo Federal

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Casa no bairro do Pinheiro danificada em região em que houve tremores de 2018 em Maceió. Foto: SGB/CPRM

A Secretaria Adjunta Especial de Defesa Civil de Maceió (AL) iniciou o cadastro de famílias no bairro Pinheiro para a inclusão na ajuda humanitária em decorrência das fissuras resultantes de tremores de terra na região. O processo prevê o auxílio moradia concedido pelo Governo Federal. E o cadastramento teve início ontem (8) no conjunto Divaldo Suruagy, contemplando 24 proprietários de imóveis, e continua nesta quarta-feira (09), nos Conjuntos Potengy e Jardim Acácia.

“Após o reconhecimento ao decreto de emergência, fizemos uma série de solicitações ao Governo Federal em relação ao Pinheiro. Uma das primeiras medidas foi referente à ajuda humanitária, que prevê o auxílio moradia e deve contemplar inicialmente as famílias que recomendamos a evacuação do imóvel em decorrência do agravamento das fissuras. Estamos realizando o cadastro seguindo as orientações da União e encaminharemos toda a documentação para que, em breve, as famílias recebam o benefício”, explicou o titular da Defesa Civil, Dinário Lemos.

Hoje, a média estabelecida pela Defesa Civil Nacional para o auxílio moradia é de aproximadamente R$ 450. No entanto, segundo explica Dinário Lemos, a Prefeitura solicitou o valor de R$ 1 mil por família, levando em consideração os dados da renda per capita da região e outras informações provenientes do senso realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).

“A solicitação do recurso já foi encaminhada ao Governo Federal, que deve definir o valor final a ser concedido aos que deixaram seus imóveis. Vamos encaminhar, agora, os cadastros e vamos aguardar a liberação”, completou Lemos.

Coordenadora de Ação Social da Defesa Civil, Joanna Borba esclareceu que, para ser cadastrado, o proprietário deve apresentar documentos pessoais e do imóvel para comprovar a posse.

“A prioridade, neste momento, é para as famílias que deixaram seus imóveis por recomendação da Defesa Civil. São, em média, 60 famílias que receberam a recomendação, no entanto o número deve aumentar após novas avaliações e recomendações. Os que deixaram seus imóveis por conta própria devem acionar a nossa equipe para que a casa ou apartamento seja avaliada”, disse Borba.

Dados coletados dos maceioenses serão enviados ao Governo Federal. Foto: Lucas Alcântara/Ascom Semds

Os tremores

Inúmeras fissuras e afundamentos em moradias e vias públicas foram intensificados após as fortes chuvas de verão, ocorridas em 15 fevereiro de 2018, e o abalo sísmico (tremor de terra) de magnitude 2,4 mR (escala de magnitude regional para o Brasil), no dia 3 de março de 2018, nesta região.

O evento produziu danos significativos, como fissuras, trincas e rachaduras em edificações, ruas e passeios em uma área expressiva do bairro, inclusive com a interdição de diversas moradias.

Em 23 de maio de 2018, estabeleceu-se um grupo de trabalho multidisciplinar envolvendo Prefeitura Municipal de Maceió, Defesa Civil de Alagoas e Maceió, Serviço Geológico do Brasil – SGB/CPRM, Agência Nacional de Mineração – ANM, Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres – CENAD e Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

Em 28 de dezembro de 2018, o Governo Federal reconheceu a situação de emergência do bairro Pinheiro, cujo decreto foi publicado pela Prefeitura de Maceió no Diário Oficial do Município (DOM) do dia 05 daquele mês. (Com informações da Ascom Semds e SGB)

 

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