Economia

Vendas para a Black Friday podem crescer 5%, diz pesquisa

De acordo com a pesquisa, o comércio eletrônico ainda é o mais beneficiado com a Black Friday

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Por outro lado a pesquisa aponta que há piora na expectativa sobre o mercado de trabalho. Foto: (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Uma pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo) mostra que as vendas para a Black Friday podem crescer até 5% durante o mês de novembro e nos dias próximos a data, que acontece no final do mês.

Para 44% das CLDs (Câmaras de Dirigentes Lojistas) entrevistadas, o crescimento das vendas pode ser de 5%, em contrapartida 38% acredita em até 3% de aumento em comparação ao ano passado. A pesquisa revela que, com a demanda reprimida em função da crise, o consumidor busca promoções efetivas para voltar a comprar.

De acordo com a pesquisa, o comércio eletrônico ainda é o mais beneficiado com a Black Friday, visto que a facilidade da tecnologia ajuda na hora da compra online. Além disso, as grandes redes também possuem maior capital e poder de negociação para promover descontos.

“A economia atual pode influenciar na decisão de compra dos consumidores, porém a Black Friday chega também para estimular uma antecipação das compras natalinas. O setor de eletroeletrônicos é um dos mais beneficiados com a data” afirma o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.

Para o presidente da CDL de Diadema, José Manuel Vieira de Mendonça, a Black Friday e o Natal são boas oportunidades para ajudar nas vendas. “O Natal ainda se mantém no topo como melhor data para as vendas do varejo. Isso se dá principalmente pelos eventos empresariais e familiares, como amigo secreto e lembrancinhas. É uma forma de trazer aquecimento para as vendas normais da época”, explica.

Interior de São Paulo

Mesmo que a Black Friday seja mais popular no comércio eletrônico, a pesquisa traz dados de expectativas de vendas de outras regiões do estado, como cidades do interior. Para o presidente da CDL de Ribeirão Preto, Paulo César Garcia Lopes, o consumidor está em busca de promoções efetivas e, para 2018, a pesquisa de preços será a tônica para que as vendas sejam positivas.

“Percebemos que esta data veio para ficar e há muito apoio da mídia. Desta forma, a Black Friday acaba complementando o movimento de fim de ano. Além disso, com o 13º salário, o consumidor consegue se planejar melhor para fazer suas compras”, afirma.

Para o presidente da CDL de Bauru, Odair Secco Cristovam, o comércio de móveis, vestuários, eletrônicos e eletrodomésticos podem se beneficiar mais com a Black Friday. “Vende-se muito para esta data, mas o Natal ainda tem mais representatividade no interior junto com o atendimento presencial, que é muito valorizado”, afirma.

Litoral

Para as cidades da baixada, a Black Friday pode não apresentar aumento de vendas. De acordo com a diretora da CDL de Bertioga, Adriana Dias Hauschildt, a cidade é uma das que está iniciando na data. Já para o diretor de marketing da CDL Santos Praia, Zerri Torquato, a região pode ter um crescimento de até 3%.

“O comércio eletrônico tem mais margem para aplicar descontos. Mas, por outro lado, as lojas físicas também podem trabalhar neste sentido, para demonstrar as vantagens e potencializar suas vendas”, defende.

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