Retomada da exploração

União e Petrobras assinam termo aditivo da cessão onerosa e garantem leilão

Revisão contratual garante leilão bilionário marcado para o dia 6 de novembro

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A União e a Petrobras assinaram, hoje (1), o Termo Aditivo ao Contrato da Cessão Onerosa. O documento é uma revisão do contrato assinado em 2010, que dava à empresa o direito de produzir até 5 bilhões de barris de óleo equivalente em áreas do pré-sal da Bacia de Santos. A Petrobras tem o direito de operar na área dos blocos por 40 anos, mas o governo negociou com a empresa para poder licitar o volume excedente, comprovados em estudos.

O termo aditivo dá à Petrobras o direito de participar do leilão do dia 6 de novembro próximo, além do pagamento, pela União, de US$ 9 bilhões a título de compensação pelos investimentos que a empresa já fez na área. A empresa já informou que usará esse valor no próprio leilão do excedente.

Na cerimônia, na sede da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no Rio de Janeiro, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que a assinatura do contrato é um momento histórico, e que o leilão que ocorrerá na próxima semana será o maior do mundo.

“Foi uma grande vitória. Esse contrato foi negociado sem nenhum resultado ao longo de quatro anos. No ano de 2019, a Petrobras e o governo, unidos por um só objetivo, o de colocar o Brasil no caminho da prosperidade, conseguiram, em relativamente pouco tempo, que o nosso sonho se concretizasse”.

Magnitude extraordinária

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disse que a assinatura do contrato é “emblemática” para a retomada da atividade de exploração e produção de petróleo no Brasil. Segundo ele, o leilão do dia 6 é de uma “magnitude extraordinária”, já que o bônus de assinatura previsto soma R$ 106 bilhões, sendo que as áreas pelas quais a Petrobras já demostrou interesse chegam a R$ 70 bilhões”.

“É incomparável. No mundo todo, entre 2016 e 2018, das 100 licitações que foram feitas, foram coletados cerca de R$ 36 bilhões em bônus de assinatura. Desse total, R$ 27 bilhões foram no Brasil. Desde que a ANP foi criada, no início dos anos 2000, de todas as licitações que já foram feitas, foram pagos R$ 60 bilhões em bônus de assinatura”, disse Oddone.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que a assinatura do acordo terá enorme impacto fiscal, tanto quantitativo quanto qualitativo, que impulsionará a transformação do Brasil.

“Boa parte da construção do futuro do Brasil está em cima das esperanças desses investimentos bem-sucedidos, primeiro pela Petrobras, agora compartilhando uma fronteira energética em cima de petróleo e gás que vai transformar o país. Estamos, ao mesmo tempo, focando essa grande companhia brasileira na exploração do petróleo e do gás e permitindo essa ampliação da fronteira do investimento a conta de promover simultaneamente o choque da energia barata. Nós vamos derrubar o preço do gás natural e vamos reindustrializar o país em cima desses novos investimentos que estão vindo”, disse o ministro.

Para o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o contrato assinado e o leilão da cessão onerosa beneficiarão o interesse público. “O protagonista é aquilo que vamos entregar à sociedade, é o resultado. Nós vamos transformar o patrimônio brasileiro em riqueza, trabalho, renda, investimento, prosperidade que o nosso país já está vivendo. É isso que a sociedade brasileira merece e nós estamos contribuindo para que ela tenha”, disse o ministro. (Com informações da Agência Brasil)

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