Modernização

UnB aguarda ansiosa melhorias para o Universíade

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Ainda faltam seis anos para que Brasília receba as competições da 30ª edição dos Jogos Mundiais Universitários (Universíade), que serão realizadas pela primeira vez na capital em 2019. Mas há muito a ser feito até lá. ?Agora é que começa o trabalho de verdade?, diz o reitor da UnB, Ivan Camargo, que chegou a Brasília após acompanhar a escolha da cidade-sede do evento no último sábado (9), em Bruxelas, na Bélgica.

De acordo com ele, uma parte significativa das competições irá acontecer no CO da UnB. ?Os projetos básicos para reestruturação do Centro Olímpico já estão prontos?, avisa. Para deixar as instalações esportivas da universidade dentro dos padrões internacionais, a pista de atletismo será reformada e serão erguidos dois ginásios, onde devem ser realizadas disputas de esgrima, tênis de mesa, ginástica e luta. ?São ginásios multiuso, que poderão ser utilizados para o evento e, posteriormente, pela comunidade acadêmica e pela sociedade?, completa o reitor.

Abrir as instalações esportivas da UnB para a sociedade é um dos objetivos da instituição, que quer aproveitar a preparação para a Universíade e estimular a prática esportiva em todo o Distrito Federal. ?O principal legado é o fomento ao esporte, e a gente vai utilizar as instalações nessa política?, conta o diretor da Faculdade de Educação Física, Alexandre Rezende.

Outra meta é dar atenção ao esporte de base e à continuidade da instrução esportiva na universidade. ?O nosso projeto investe na formação dos treinadores, para que possam desenvolver a iniciação esportiva nas escolas. A partir daí, poderemos funcionar como um centro de treinamento de alto rendimento?, diz o diretor da FEF.

Para Alexandre, os investimentos na modernização das instalações esportivas da UnB são importantes, mas o grande trabalho será construir uma política intersetorial para o esporte. ?Vai precisar de uma parceria entre a Secretaria de Educação, de Esporte, federações esportivas e universidades do DF interessadas em participar?, explica o docente da UnB.

Ele acredita que a pesquisa e elaboração de um diagnóstico voltado à prática esportiva no DF podem ser os primeiros passos, como fez a cidade de Barcelona, antes de sediar as Olimpíadas de 1992. ?Não foi um projeto para sediar o evento, foi um projeto para pensar a cidade. Eles conseguiram aproveitar ao máximo essa experiência?, conta Alexandre. ?No nosso caso, seria pensar essa política de desenvolvimento do esporte?, completa.

É isso o que desejam também os atletas da UnB. ?A gente pretende colocar no nosso planejamento projetos que estimulem ainda mais a prática esportiva e que mostrem à comunidade acadêmica o que é uma Universíade?, afirma Bernardo Ravanello, da Associação Atlética Acadêmica da UnB. O objetivo é fazer com que os frutos dos investimentos em aparelhos esportivos comecem a ser colhidos antes de 2019. ?Tentar fazer com que as estruturas projetadas comecem a ser construídas o quanto antes para que isso se reflita também nos resultados dos próprios jogos. Não adianta fazer isso só em 2019?.

O que se espera é que a Universíade eleve o esporte brasiliense a um novo patamar e novos talentos possam aflorar. ?Estou bem otimista. A gente vai acabar aumentando o nível do esporte universitário?, argumenta o estudante de Odontologia e judoca da UnB, Victor Tavares. Assim, diz ele, ?faremos frente às universidades particulares, que investem pesado em seus atletas?.

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