Excesso de votantes

UFPB apura denúncia anônima de fraude em eleição on-line de reitor

Por meio de nota, reitoria afirma que processo não foi anulado

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Fachada da Universidade Federal da Paraíba. Foto: Angélica Gouveia/UFPB

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) apura suspeitas de fraude de votos no processo de consulta on-line à comunidade universitária, realizada na última quarta-feira (26), para formação de lista tríplice com os três primeiros nomes mais votados para os cargos de reitor e de vice-reitor. A investigação foi confirmada oficialmente por meio de nota publicada na tarde de hoje (31) pelo Gabinete da Reitoria da UFPB. A Chapa 2, de oposição, encabeça a lista, com professora doutora Terezinha Domiciano, que tem como vice a professora Mônica Nóbrega.

Ao informar que está apurando os fatos por meio dos seus órgãos competentes, a gestão da UFPB exaltou “a história de ética que marca a federal paraibana”. E esclareceu que, por ora, não há qualquer nulidade declarada no processo e que espera a conclusão das investigações para se pronunciar definitivamente, a fim de que não pairem quaisquer dúvidas sobre a lisura da consulta on-line.

“Relatório será divulgado nesta quarta-feira (2), pela comissão organizadora da consulta on-line, presidida pelo professor Ângelo Melo. O documento será apreciado pelo Conselho Universitário (Consuni) da UFPB na próxima semana, após o feriado de 7 de setembro”, conclui a nota da UFPB, cuja reitora atual é Margareth de Fátima Formiga Melo Diniz.

Investigação revelada

Nesse domingo (30), o presidente da Comissão Organizadora do pleito, Ângelo Melo, confirmou a órgãos de imprensa que está investigando uma denúncia anônima de fraude no processo de votação, recebida na última sexta-feira (28). O site de notícia ClickPB publicou uma declaração de Melo, em que afirmava que”até que seja feita a apuração, está suspenso o relatório [da votação]”.

A Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da UFPB, setor responsável pela publicação das listas de votantes, é quem conduz as apurações sobre a presença de pessoas que não estavam aptas a votar, e não deveriam estar na lista.

As pessoas que compõem essa lista seriam do Colégio Agrícola Vital de Negreiros (CAVN), do campus de Bananeiras. “Nós estamos vendo se aconteceu uma falha no sistema e nossa função [enquanto comissão] é justamente apurar para deixar a consulta o mais transparente possível, dentro dos prazos”, declarou Ângelo Melo, ao G1.

Se a STI detectar alguma fraude, o relatório entregue ao Consuni irá informar o problema, com detalhes do que foi identificador, e o Conselho será o responsável por decidir sobre o andamento da consulta.

“É nossa obrigação como uma comissão organizadora da consulta pública acatar a denúncia e apurar, dentro dos prazos, que ainda estão legais. O processo ainda está em andamento”, afirmou Ângelo Melo, ainda no domingo, ao G1.

Estranhamento

A Chapa 2, vencedora da disputa, publicou ontem uma nota em que estranha o anúncio de suspensão do processo atribuído ao presidente da Comissão Organizadora da consulta.

As professoras Terezinha Domiciano e Mônica Nóbrega afirmam que “não há nenhum elemento que autorize qualquer membro da Comissão adotar postura que coloque em dúvida a credibilidade do processo eleitoral, pois estaria colocando em dúvida o próprio trabalho da Comissão, e, por conseguinte, a própria imagem da UFPB”. (Com informações do G1 e ClickPB)

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