Finados no DF

Trégua da chuva aumenta visitação aos cemitérios

No finados, o túmulo de Ana Lídia continua o mais visitado

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A chuva deu uma trégua e milhares de pessoas foram ao Cemitério Campo da Esperança até o início da tarde de hoje (2), no Dia de Finados, em Brasília. O cemitério é o maior da região com 173 mil pessoas sepultadas.

Os portões dos seis cemitérios do Distrito Federal (Asa Sul, Taguatinga, Gama, Sobradinho, Planaltina e Brazlândia) ficaram abertos até as 19 horas, informou a empresa Campo da Esperança, que administra os cemitérios de Brasília.

Há 401.300 pessoas sepultadas no Distrito Federal. São 173.500 na unidade da Asa Sul, 125.100 em Taguatinga, 41.500 no Gama, 20.400 em Sobradinho; 30.900 em Planaltina e 9.900 na unidade de Brazlândia.

Pela manhã, o túmulo mais visitado foi o de Ana Lídia Braga, morta aos 7 anos. A estudante desapareceu em setembro de 1973 depois de ser deixada pelos pais na escola, sendo encontrada morta na sequência. O misterioso caso da menina Ana Lídia ocorreu em plena ditadura militar, durante o governo do presidente Médici, e chocou os moradores da capital. Ela virou nome de um parque em Brasília e seu túmulo é um dos mais procurados na cidade até hoje.

Irene da Cunha Oliveira, aposentada, 74 anos, foi visitar o túmulo do pai, sepultado há 25 anos e do marido há 2 anos. "O Dia de Finados é importante, é uma data que não devemos esquecer. É como se fosse uma obrigação. No caso do meu marido, a gente viveu 48 anos. A gente reza todos os dias por eles. Aliás, a gente deve lembrar dos amigos e até dos inimigos."

Paulo Fernandes, bombeiro militar, 49 anos, visitava o túmulo de três amigos pilotos do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, que faleceram em acidente de helicóptero em 2007 em Ceilândia, cidade do Distrito Federal que fica a 40 quilômetros do centro de Brasília. “Eles eram do mesmo grupo de pilotos, como eu. A gente sempre lembra deles. Mas nesta data, a gente lembra mais, pois eram pessoas excelentes que faleceram no cumprimento do dever. Foi um grande sofrimento naquela época e até hoje sentimos saudades."

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