MAIS CARO VIAJAR

Transporte público de Alagoas aumentou quase 48%, em dois anos

Passagem subiu mais que dobro da inflação acumulada desde 2015

acessibilidade:

Inflação foi quase 30 pontos menor que tarifa (Foto: Arsal)

Durante os últimos dois anos, a tarifa do transporte intermunicipal em Alagoas aumentou quase 48%, em quatro reajustes aprovados pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal). O último deles, de 4,56% foi publicado na edição desta sexta-feira (13) do Diário Oficial do Estado. E começa a valer no próximo dia 20 deste mês de outubro.

Desde novembro de 2015, primeiro ano do governo Renan Filho (PMDB), a Arsal aprovou quatro reajustes nas tarifas de transportes convencionais e complementares, entre municípios da Região Metropolitana de Maceió e de todo o Estado.

Naquele ano de 2015, a inflação registrada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 10,67%; em 2016, de 6,29% e o acumulado dos últimos 12 meses, até setembro, é de 2,54%. Percentuais que, somados, não ultrapassam os 19,5% de desvalorização da moeda; diferença de quase 30 pontos percentuais para o aumento dos transportes.

Em 14 de novembro de 2015, a Arsal aumentou em 8,23% a tarifa, menos de três meses depois, em 14 de fevereiro de 2016, houve novo aumento de 16,57%. E, em 16 dezembro do mesmo ano de 2016, as tarifas subiram 13,65%. Mais os 4,56%, o acúmulo de aumento para os transportadores foi de 47,86%.

A justificativa oficial da Arsal para o aumento leva em conta os pleitos realizados pelas empresas do Transporte Rodoviário Convencional de Passageiros do Estado de Alagoas e pelo Sindicato dos Transportadores Complementares de Passageiros de Alagoas (Sinstrancomp/AL), unificados no processo administrativo 49070-5705/2017, que versam sobre a Revisão Tarifária do Sistema nas modalidades Convencional e Complementar.

Além disso, a Arsal alega que ainda considera o reajuste salarial dos colaboradores do Serviço Convencional de Transporte Intermunicipal; diversos aumentos dos insumos referentes ao combustível, lubrificante, pneus e outros; e a necessidade de recomposição das perdas anuais do setor.

Reportar Erro