Segurança no trânsito

Tecnologia na formação de condutores contribui para um trânsito mais seguro

No país com o quinto trânsito mais violento do mundo, recursos tecnológicos são comprovadamente necessários para diminuir o número de acidentes

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Quando o assunto é segurança no trânsito, todo novo elemento, recurso ou instrumento é mais do que bem-vindo. Afinal, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de mortes causadas por acidentes, o que corresponde a 47 mil vítimas fatais todos os anos – e mais de 400 mil ficam com algum tipo de sequela.

Ainda segundo a OMS, 90% desses acidentes são causados por falha humana, fato que escancara problemas graves como despreparo, negligência, desatenção e desobediência por parte de motoristas, ciclistas e pedestres, principais personagens do ambiente de trânsito e, infelizmente, os responsáveis por torná-lo tão violento.

Nesse contexto, a tecnologia tem sido uma aliada fundamental para alterar positivamente esse cenário. Isso porque, dentre as inúmeras facilidades proporcionadas pelas inovações tecnológicas, é possível utilizar ferramentas de aprendizado comprovadamente efetivas para a formação de cidadãos e condutores mais capacitados. Assim como a educação geral, a melhor maneira de transformar uma situação adversa é contando com o conhecimento e a conscientização das novas gerações.

Além disso, é graças à tecnologia que existe a possibilidade de tornar o ensino mais acessível, abrangente e inclusivo, já que por meio dela aplica-se soluções a distância, cursos híbridos e monitoramento de aulas em tempo real, sem falar no desenvolvimento de plataformas de educação digital com conteúdos interativos, que têm como foco a experiência evolutiva do indivíduo.

Ainda sobre o poder de transformação da tecnologia aplicada ao ensino para o trânsito, os simuladores de direção veicular destacam-se como protagonistas desse processo educativo e de aperfeiçoamento dos futuros condutores e também dos motoristas profissionais. A alta eficácia dos equipamentos garante mais segurança, agilidade e transparência à preparação dos alunos, que podem vivenciar, em um ambiente seguro e controlado, situações adversas e de risco, às quais não poderiam ser submetidos nas aulas práticas em vias públicas, como conduzir em serras e rodovias, sob chuva e neblina ou, ainda, simulando os efeitos negativos do álcool no organismo.

Pesquisas realizadas na Universidade Politécnica de Madri, na Espanha, e em uma das mais conceituadas universidades do mundo, a de Iowa, nos Estados Unidos, comprovam a eficácia dos simuladores e os definem como ferramentas de alta precisão, que recriam a experiência de dirigir. Não é à toa que os equipamentos já são uma realidade mundial: Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Nova Zelândia, Holanda, Espanha, Japão, Tailândia, China, França, Portugal, República Tcheca, Irlanda e Rússia são alguns dos países que utilizam a simulação na formação de seus condutores – e tiveram queda significativa no número de acidentes entre novos motoristas.

Os órgãos reguladores dessas nações perceberam que o aprendizado por meio da condução simulada é a melhor alternativa para formar motoristas conscientes, que não ofereçam grandes riscos ao trânsito, uma vez que foram treinados em situações controladas e mensuradas.

Mais do que qualificar a formação de condutores, a tecnologia irrefutavelmente contribui comprovada e efetivamente para a redução de mortes e acidentes, além de tornar o trânsito de pessoas um ambiente mais humano e seguro.

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