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STF pede a Interpol que inclua nome de Allan Santos na lista de procurados

Moraes determina prisão preventiva do jornalista e sua extradição dos EUA

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Ele também  é investigado no inquérito que apura incitação a atos antidemocráticos Foto: Facebook

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva, assim como a extradição do jornalista, Allan dos Santos, que atualmente está morando nos Estados Unidos.

A determinação é do dia 5 de outubro, porém somente nesta quinta-feira (21), Moraes autorizou a quebra de sigilo, e a informação e tornou-se pública. “O quadro fático que tem se consolidado desde o ano passado permite concluir pela adequação e proporcionalidade da medida extrema de restrição de liberdade, pois as medidas cautelares anteriormente impostas se demonstraram ineficientes para coibir as práticas criminosas”, decidiu o ministro.

Para evitar uma possível fuga, Moraes fez um alerta à Interpol, e solicitou que o nome do brasileiro seja incluído na lista da difusão vermelha, a lista de procurados pela Interpol.

O jornalista é dono do site Terça Livre, e saiu do Brasil depois que se tornou alvo de investigação em dois inquéritos no STF, um que apura a suposta divulgação de notícias falsas, as chamadas fake news, além de ataques aos ministros do Supremo. Ele também  é investigado no inquérito que apura incitação a atos antidemocráticos.

Moraes também determinou o bloqueio das contas bancárias do jornalista, das contas nas redes sociais.  A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a prisão preventiva.

Para o ministro a mudança do jornalista para os Estados Unidos, “é mais um fator que aponta o seu periculum liberatis”. Moraes afirmou que “em solo americano, o investigado se associou a pessoas ligadas aos violentos atos criminosos que ocorreram em Washington D.C., no prédio do Capitólio, que buscavam contestar o resultado das democráticas eleições americanas. Conforme ressaltado pela Polícia Federal, além de se associar a pessoas ligadas aos atos, o investigado esteve pessoalmente envolvido nos controversos atos. A prisão, como se vê, além de servir à garantia da ordem pública, diz respeito também à conveniência da instrução criminal e necessidade de se assegurar a aplicação da lei penal.”

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